O porta-voz do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sublinhou esta terça-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, e o Kremlin serão julgados “pelas suas ações” e não “pelas suas palavras”.
Em causa está o facto de o vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, ter anunciado que as tropas russas vão “reduzir drasticamente” a atividade militar em Kyiv e Chernihiv, “de forma a aumentar a confiança mútua e criar as condições necessárias para levar adiante as negociações e chegar ao objetivo conjunto de assinar um acordo” de paz.
Questionado sobre a posição do Kremlin e a reação de Boris, em conferência de imprensa, o porta-voz sublinhou: “Julgaremos Putin e o seu regime pelas suas ações, não pelas suas palavras”.
“Houve alguma redução dos bombardeamentos russos à volta de Kyiv, em grande parte porque as forças ucranianas conseguiram empurrar com sucesso a ofensiva russa para o noroeste da cidade”, considera.
“Mas a luta continua. Certamente há bombardeamentos em Mariupol e outras áreas. Por isso, não queremos ver nada menos do que a retirada completa das forças russas do território ucraniano”, sublinhou.
Sublinhe-se que decorreu hoje uma nova ronda de negociações entre as delegações russa e ucraniana no Palácio de Dolmabahçe, em Istambul.
Assinala-se esta terça-feira o 34.º dia desde o início da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), 1.151 civis foram mortos e 1.804 ficaram feridos até ao final do dia de domingo.
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