Autarca de Kharkiv diz que Rússia destruiu 15% das casas da cidade

As tropas russas destruíram 15% das casas em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, informou o autarca da cidade, Ihor Terkehov, numa transmissão televisiva, citado pela agência noticiosa ucraniana Ukrinform.

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Lusa
31/03/2022 07:03 ‧ 31/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Durante os últimos 35 dias, um total de 1.531 edifícios foram destruídos na cidade de Kharkiv, incluindo 1.292 casas residenciais. O exército russo destruiu 76 escolas secundárias, 54 jardins de infância, 16 hospitais. Um total de 239 prédios administrativos estão em ruínas", disse Terekhov.

A cidade de Kharkiv, perto da fronteira russa, tem sido atingida diariamente por bombardeamentos russos desde o início da invasão.

Segundo a agência Ukrinform, cerca de um terço dos moradores já deixaram a cidade.

A 22 de março, o serviço de imprensa do conselho da cidade de Kharkiv disse que quase mil edifícios foram destruídos, dos quais quase 800 residenciais.

A autarquia sublinhou na altura que o bombardeamento de áreas residenciais não parava -- apesar das garantias russas de que os ataques só têm como alvos militares -- e que os trabalhos de limpeza de entulhos, feito por voluntários, eram contínuos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Tropas russas movem-se para leste mas impedindo ucranianas de deixar Kyiv

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