Ucrânia acusa forças russas de usar "reféns como escudos humanos"
"Os russos não se importam de se esconder atrás de crianças", atirou o Ministério da Defesa da Ucrânia.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O Ministério da Defesa da Ucrânia acusou as forças de Moscovo de raptarem civis ucranianos e de os usarem como “escudos humanos”, de forma a protegerem as suas colunas de equipamento.
“A Rússia cada vez mais está a usar reféns civis como escudos humanos. Os ocupantes protegem as suas colunas de equipamento com residentes raptados de cidades e vilas ucranianas”, denunciou o organismo, na sua página do Twitter.
“Os russos não se importam de se esconder atrás de crianças”, atirou.
A comissária de Direitos Humanos do Parlamento ucraniano, Lyudmyla Denisova, já tinha acusado a Rússia de usar crianças como “escudos humanos” em várias regiões da Ucrânia.
🇷🇺 increasingly uses civilian hostages as human shields. Occupiers protect their columns of equipment with abducted residents of captured Ukrainian towns and villages. According to Ukrainian ombudsman, russians don't mind hiding even behind children.
— Defence of Ukraine (@DefenceU) April 2, 2022
“Outro crime de guerra horrível do exército racista contra as crianças ucranianas. Militantes russos raptam crianças e usam-nas como escudos humanos quando movimentam colunas de equipamento”, alertou a responsável, na sua página do Facebook, na sexta-feira.
Recorde-se que a Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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