Ucrânia acusa forças russas de usar "reféns como escudos humanos"

"Os russos não se importam de se esconder atrás de crianças", atirou o Ministério da Defesa da Ucrânia.

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Notícias ao Minuto
02/04/2022 18:42 ‧ 02/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O Ministério da Defesa da Ucrânia acusou as forças de Moscovo de raptarem civis ucranianos e de os usarem como “escudos humanos”, de forma a protegerem as suas colunas de equipamento.

“A Rússia cada vez mais está a usar reféns civis como escudos humanos. Os ocupantes protegem as suas colunas de equipamento com residentes raptados de cidades e vilas ucranianas”, denunciou o organismo, na sua página do Twitter.

“Os russos não se importam de se esconder atrás de crianças”, atirou.

A comissária de Direitos Humanos do Parlamento ucraniano, Lyudmyla Denisova, já tinha acusado a Rússia de usar crianças como “escudos humanos” em várias regiões da Ucrânia.

“Outro crime de guerra horrível do exército racista contra as crianças ucranianas. Militantes russos raptam crianças e usam-nas como escudos humanos quando movimentam colunas de equipamento”, alertou a responsável, na sua página do Facebook, na sexta-feira.

Recorde-se que a Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Quase 300 pessoas enterradas em valas comuns em Busha

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