NATO denuncia atos "absolutamente inaceitáveis" contra civis em Busha
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou hoje que os assassínios de civis na cidade de Busha, recapturada recentemente pelos ucranianos ao exército russo, são "absolutamente inaceitáveis".
© Reuters
Mundo Ucrânia
Os assassinatos de civis atribuídos ao exército russo em Busha, perto da capital da Ucrânia, Kiev, são "horríveis", afirmou hoje o secretário-geral da Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO), denunciando uma "brutalidade sem precedentes na Europa nas últimas décadas".
Em declarações à televisão americana CNN, Jens Stoltenberg considerou "absolutamente inaceitável que civis sejam alvejados e mortos", acrescentando que "isso realça a importância de acabar com esta guerra".
Questionado sobre a saída das forças russas da região de Kiev, o responsável da NATO referiu que não há lugar para otimismo, porque haverá "um possível aumento de ataques, especialmente no sul [da Ucrânia] e no leste".
As forças ucranianas só conseguiram penetrar completamente em Busha há alguns dias, uma vez que a cidade ocupada pelos russos permaneceu inacessível por quase um mês.
A agência de notícias France-Presse viu no sábado os corpos sem vida de pelo menos 20 homens com roupas civis numa rua de Busha. Um dos homens tinha as mãos amarradas e os corpos estavam espalhados por várias centenas de metros.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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