NATO denuncia atos "absolutamente inaceitáveis" contra civis em Busha

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou hoje que os assassínios de civis na cidade de Busha, recapturada recentemente pelos ucranianos ao exército russo, são "absolutamente inaceitáveis".

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Lusa
03/04/2022 15:00 ‧ 03/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Os assassinatos de civis atribuídos ao exército russo em Busha, perto da capital da Ucrânia, Kiev, são "horríveis", afirmou hoje o secretário-geral da Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO), denunciando uma "brutalidade sem precedentes na Europa nas últimas décadas".

Em declarações à televisão americana CNN, Jens Stoltenberg considerou "absolutamente inaceitável que civis sejam alvejados e mortos", acrescentando que "isso realça a importância de acabar com esta guerra".

Questionado sobre a saída das forças russas da região de Kiev, o responsável da NATO referiu que não há lugar para otimismo, porque haverá "um possível aumento de ataques, especialmente no sul [da Ucrânia] e no leste".

As forças ucranianas só conseguiram penetrar completamente em Busha há alguns dias, uma vez que a cidade ocupada pelos russos permaneceu inacessível por quase um mês.

A agência de notícias France-Presse viu no sábado os corpos sem vida de pelo menos 20 homens com roupas civis numa rua de Busha. Um dos homens tinha as mãos amarradas e os corpos estavam espalhados por várias centenas de metros.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia: Presidente do Conselho Europeu denuncia "atrocidades" em Bucha

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