Fumio Kishida disse que "o Japão fará de forma firme o que deve fazer", enquanto coopera com a comunidade internacional em possíveis novas sanções contra a Rússia.
"Condenamos veementemente a violação da lei internacional, que inclui ferir a população civil", acrescentou, em conferência de imprensa.
O porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, disse que o Japão pediu ao Tribunal Penal Internacional que investigue possíveis crimes de guerra cometidos por tropas russas na Ucrânia e acrescentou esperar "que os investigadores possam realizar bem as investigações" para esclarecer a situação.
A retirada das tropas russas do norte de Kiev mostrou as alegadas execuções sumárias de várias centenas de civis no subúrbio de Busha e noutras áreas.
A Ucrânia acusou a Rússia de genocídio, alegando ter encontrado os corpos de 410 civis na região de Kiev, atualmente sob controlo ucraniano.
Na cidade de Busha, a noroeste de Kiev, cerca de 300 pessoas foram enterradas em valas comuns, de acordo com as autoridades ucranianas.
A organização não governamental de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) disse ter indicações de que o exército russo estava a cometer possíveis crimes de guerra em áreas sob o seu controlo, incluindo execuções sumárias de civis.
O Japão impôs uma série de sanções contra a Rússia, tal como os Estados Unidos e vários países ocidentais.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.417 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.038, entre os quais 171 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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