Tropas russas começaram a abandonar cidade ucraniana de Sumi
O exército russo iniciou no domingo uma retirada da região de Sumi, no nordeste da Ucrânia, anunciou esta segunda-feira o chefe da administração militar ucraniana de Sumi, Dimitro Zhivitski.
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Uma grande marcha de tropas russas na região começou na zona entre Bilopillya a Konotop, incluindo nas comunidades de Putivl, Buryn, Novo-Slobidskaya e Popivska, avançou a emissora pública ucraniana Suspilne.
Nos últimos dias, novas colunas de soldados russos tinham avançado na região de Sumi, "entrincheirando-se, aterrorizando comunidades e atirando contra civis", disse Zhivitski na plataforma Telegram.
"Vimos um grande número de batalhões a voltar para a Rússia, com a nossa artilharia a persegui-los. As Forças Armadas ucranianas e a defesa territorial empurraram-nos por toda a região de Chernigov", perto da fronteira com a Bielorrússia, disse o líder militar.
Ele disse que, apesar da maioria do exército russo ter deixado a área há alguns dias, permaneceram ainda pequenos grupos de russos.
"O território está a ser limpo, temos que ter muito cuidado, porque os soldados russos estão com medo. Pode haver dezenas ou centenas deles", disse o chefe da administração militar de Sumi.
O autarca de Chernigov, Vladislav Atroshenko, disse no domingo que 70% da cidade está destruída.
"É devastador para mim pessoalmente e para Chernigov. (...) as consequências são graves, como foram em Busha e Kharkiv, e possivelmente em Mariupol", disse Atroshenko, citado pelo jornal ucraniano Ukrayinska Pravda.
O autarca disse que está concentrado em garantir que a população local tem acesso a aquecimento, em avaliar as perdas e em retomar a economia local, paralisada pelos ataques russos.
De acordo com o Estado Maior das Forças Armadas da Ucrânia, até domingo a Rússia perdeu cerca de 18.000 soldados, 644 tanques, 143 aviões, 134 helicópteros e muitas outras armas e equipamentos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.417 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.038, entre os quais 171 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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