Há sinais de "falsificações nos vídeos" de Bucha, diz Kremlin
Depois da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, também o porta-voz do Kremlin alega que as imagens dos crimes contra civis ocorridos em Bucha são "falsas".
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, negou esta segunda-feira as acusações da Ucrânia sobre crimes contra civis na cidade de Bucha e, à semelhança da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, alega que as imagens divulgadas são “falsas”.
“Rejeitamos categoricamente todas as acusações”, afirmou aos jornalistas, citado pela agência de notícias russa TASS.
O responsável revelou ainda que foram encontrados sinais de “falsificações nos vídeos” e imagens “falsas” divulgadas pelas autoridades ucranianas como prova dos crimes e que as alegações devem ser tratadas com “dúvida”.
O Kremlin irá continuar “os esforços” para a convocação de uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir aquilo que descreve como “provocações ucranianas”.
Ainda esta segunda-feira, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, alegou que as imagens que dão conta de dezenas de corpos numa vala comum em Bucha, bem como de centenas de outros corpos abandonadas pelas ruas de cidades ucranianas, foram solicitadas pelos Estados Unidos como parte de um plano para culpar Moscovo pela guerra. "Quem é que são os responsáveis pelas provocações? Os Estados Unidos e a NATO, claro", afirmou.
Os primeiros relatos dos crimes surgiram no sábado, quando um repórter da agência de notícias AFP, reportou que foram encontrados os corpos de pelo menos 20 homens vestidos com roupas de civis alinhados numa rua de Bucha.
No domingo, a organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou que em zonas da Ucrânia sob controlo da Rússia foram cometidas "execuções sumárias" e "outros abusos graves".
Assinala-se, esta segunda-feira, o 40.º dia da invasão russa da Ucrânia. O conflito já causou a morte a pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo dados confirmados pela ONU, que estima que o número real de vítimas civis seja muito maior.
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