Pelo menos oito pessoas foram mortas e um número indeterminado raptadas em 28 de março num ataque em que homens armados fizeram explodir uma bomba sobre a linha e abriram fogo contra o comboio que ligava a capital, Abuja, a Kaduna, cidade do noroeste da Nigéria, onde operam grupos criminosos.
Os sobreviventes do ataque e o Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, já tinham dito que havia pessoas raptadas, mas não é conhecido o seu número exato.
Em comunicado divulgado no domingo à noite, a NRC disse que, dos 362 passageiros a bordo do comboio no momento do ataque, 186 foram confirmados como estando sãos e salvos.
"Dos 362 passageiros validados a bordo do serviço de comboio AK9 atacado em 28 de março, 186 pessoas no manifesto estão confirmadas em segurança e nos seus domicílios", disse a companhia.
Acrescentou que, das 176 restantes, oito foram confirmadas mortas e desconhece-se o estado das outras 168.
Isto não significa que todas tenham sido raptadas, trata-se apenas de pessoas que não puderam ser contactadas.
O ataque da semana passada a um comboio foi o primeiro do género para os rebeldes que atormentam o noroeste e o centro da Nigéria, o país mais populoso de África, onde realizam pilhagens e raptos por resgate.
Desde há anos, numerosos sequestros ocorreram na autoestrada que liga Abuja e Kaduna, principal via com destino a Kano, segunda cidade do país e importante entreposto comercial no Sahel.
Face a esta insegurança crescente, numerosos viajantes preferem apanhar o comboio ou o avião, mais caros, mas considerados mais seguros.
No entanto, a situação degradou-se nos últimos anos: em outubro, homens armados tentaram atacar a mesma linha e em finais de março um ataque foi repelido pelos militares no aeroporto de Kaduna.
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