Equipa da Cruz Vermelha foi "detida" perto de Mariupol, revela Comité

A Cruz Vermelha anunciou hoje que uma das suas equipas, responsável por ajudar a retirar civis da cidade ucraniana portuária cercada de Mariupol, foi "detida" pela polícia numa localidade próxima controlada pelos russos.

Notícia

© Getty Images

Lusa
04/04/2022 21:09 ‧ 04/04/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

A equipa "está detida na cidade Mangush, 20 quilómetros a oeste de Mariupol", disse à agência de notícias AFP a porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Caitlin Kelly, através de 'e-mail'.

"A equipa foi detida na segunda-feira [hoje] enquanto realizava atividades humanitárias para ajudar a estabelecer um corredor de evacuação seguro para civis", indicou.

Caitlin Kelly salientou que a equipa terá sido retida pela "polícia" naquela cidade controlada pelos militares do Kremlin.

"O CICV teve contacto direto com os nossos colegas e está a conversar com todas as partes para esclarecer a situação e permitir que retomem o seu trabalho humanitário", acrescentou.

Mariupol está devastada após um cerco de mais de um mês pelo Exército russo, que deixou a população abandonada, em condições terríveis.

Há vários dias, russos e ucranianos rejeitam a responsabilidade pelas dificuldades encontradas nas evacuações de Mariupol para Zaporijia, mais de 200 quilómetros a oeste.

Mariupol está "90%" destruída e "40% da sua infraestrutura" é "irrecuperável", anunciou hoje o presidente da Câmara daquela cidade, Vadim Boïtchenko.

De acordo com o autarca, "cerca de 130 mil habitantes" ainda estão presos na cidade, que antes do início da invasão russa tinha quase meio milhão de habitantes.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Reino Unido apoia saída da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas