Ex-líder polaco sugere que Alemanha, França e Itália encontrem soluções

O antigo Presidente da Polónia e Prémio Nobel da Paz Lech Walesa sugeriu hoje que a Alemanha, França e Itália devem "trabalhar em conjunto nas soluções" para os problemas na Europa de forma pacífica. 

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Lusa
20/02/2025 12:11 ‧ ontem por Lusa

Mundo

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 "Para sobrevivermos, temos de mudar a forma como estamos a gerir o nosso mundo em várias questões. Devemos decidir resolver os nossos problemas a nível global e, em várias outras questões, devemos decidir resolver os nossos problemas pelo menos a nível continental", afirmou, num discurso durante a Cimeira Global de Soft Power 2025. 

 

Walesa, que falou em polaco através de uma intérprete para inglês, disse que defendeu desde há 20 anos atrás que os Estados Unidos deviam propor e implementar soluções para questões globais caso, fossem aceites pelo resto da comunidade internacional. 

Outros problemas, continuou, deveriam ser resolvidos a nível continental, e no caso da Europa, "deveriam ser a Itália, a Alemanha e a França a trabalhar em conjunto nas soluções para esses problemas".

"E se as outras nações europeias aceitassem as soluções propostas, poderíamos implementar essas soluções e ficaríamos todos satisfeitos", vincou o antigo chefe de Estado polaco (1990-1995).

Walesa, 81 anos, destacou-se como líder do Solidariedade, um sindicato que defendia os direitos dos trabalhadores e maiores liberdades durante os anos 80, quando a Polónia ainda estava sob o domínio comunista apoiado pelos soviéticos.

Ganhou o Prémio Nobel da Paz em 1983 pela sua defesa dos direitos dos trabalhadores e das liberdades universais em geral e o Solidariedade acabou por desempenhar um papel importante no colapso pacífico do comunismo e da União Soviética.

Crítico do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no ano passado avisou que a vitória do candidato republicano, o que veio a acontecer, seria uma "desgraça para os EUA e o mundo". 

Walesa admitiu hoje que "as soluções que foram propostas anteriormente foram preparadas numa época diferente" e que "não são adequadas para os tempos actuais".

"Qual é a lição prática do conflito entre a Rússia e a Ucrânia? Que não é um problema de Putin ou de Estaline. É o problema da natureza criminosa do sistema político russo", argumentou.

Walesa urgiu o resto do mundo a "ajudar a Rússia e a China a mudar o seu sistema político, em vez de os combater".

"Não é uma boa ideia combater o inimigo com armas. Dentro de alguns anos ele continuará a ser vosso inimigo e voltará a lutar. O Solidariedade destruiu a União Soviética, o sistema soviético, e mesmo assim continuámos amigos", recordou.

Leia Também: Resultado da guerra moldará segurança europeia nas "próximas gerações"

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