"Juntos podemos parar aqueles que querem o genocídio na Europa", disse o chefe de Estado ucraniano durante um discurso no Parlamento da Roménia, depois terem sido divulgadas imagens de civis mortos espalhados pelas ruas de Bucha.
Volodymyr Zelensky deslocou-se hoje a Bucha, localizada na regiao administrativa de Kiev, onde denunciou os abusos do Exército russo, "crimes de guerra" que vão ser "reconhecidos como genocídio".
"A Ucrânia não é o último alvo da agressão russa". Moscovo "quer ocupar Odessa e depois há mais um passo para a Moldova", alertou o presidente ucraniano perante os deputados romenos, apelando à "defesa da independência e soberania" daquele pequeno país.
O chefe de Estado da Ucrânia voltou a pedir novas sanções contra a Rússia, para seja "privada de todos os recursos".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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