"Manifestamos solidariedade absoluta com o Governo do Presidente Volodymyr Zelensky e como o povo da Ucrânia, perante as imagens atrozes vistas nas últimas horas, que põe a descoberto a magnitude dos crimes cometidos pelo Governo de [o Presidente russo] Vladimir Putin contra civis inocentes nas localidades de Bucha, Irpin e Gostomel", explica um comunicado divulgado em Caracas.
No documento, o líder opositor Juan Guaidó afirma que a oposição venezuelana está "profundamente consternada ao ver as consequências de uma guerra que nunca devia ter acontecido".
A oposição venezuelana sublinha que "o expansionismo desenfreado e a ambição de poder de Vladimir Putin tem levado milhares de soldados e civis de todas as idades e géneros a morrer numa guerra que não tem justificação possível".
"Desde a Venezuela, o nosso apelo é para que a justiça internacional e as ações do mundo livre avancem na Ucrânia e em todos os cantos do planeta onde continuam a ser cometidas violações sistemáticas dos direitos humanos contra cidadãos que estão desprotegidos das balas e da violência dos que estão atualmente a perpetrar a opressão", explica.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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