O vídeo que prova que cadáveres estavam em Bucha há 3 semanas
As imagens contrariam a tese russa de que as imagens de civis mortos foram manipuladas pelo governo da Ucrânia. Tropas russas ocuparam a cidade a 26 de fevereiro.
© Reprodução NYT
Mundo Bucha
Um vídeo com imagens de satélite mostra cadáveres espalhados nas ruas de Bucha, contrariando a tese russa de que as imagens de civis mortos na cidade conhecidas este fim de semana foram manipuladas pelo governo da Ucrânia.
A notícia foi avançada pelo New York Times e, segundo a publicação, as imagens têm cerca de três semanas, quando as tropas russas ainda ocupavam a cidade. O exército russo terá abandonado o local a 30 de março, segundo o Kremlin, e as autoridades ucranianas relatam ter encontrado cadáveres de civis baleados na cabeça e com as mãos atadas, assim como corpos de mulheres com indícios de abusos sexuais e queimaduras.
Recorde-se que este fim de semana foram descobertas valas comuns nesta cidade, que fica a 60 km de Kyiv, e que as autoridades ucranianas acreditam que mais de 300 civis tenham sido mortos e torturados pelas tropas russas durante a ocupação da cidade, que aconteceu a 26 de fevereiro, menos de 72 horas depois de o início da guerra.
The New York Times studied satellite images of #Bucha and found out that some bodies had been lying in the streets for weeks, as far back as mid-March.
— NEXTA (@nexta_tv) April 5, 2022
We shall remind you that the #Russian Defense Ministry officially states that Russian soldiers left Bucha on March 30. pic.twitter.com/4qQ8hYaYd7
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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