Espanha expulsa 25 diplomatas russos por serem "ameaça à segurança"

O Governo espanhol decidiu hoje expulsar 25 diplomatas e pessoal da embaixada da Rússia em Espanha, considerando que "representam uma ameaça à segurança" do país e como sinal de rejeição das ações das tropas russas na Ucrânia.

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Lusa
05/04/2022 13:34 ‧ 05/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

O anúncio foi feito hoje pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Manuel Albares, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros e na qual acrescentou que está a finalizar a lista das pessoas a expulsar, que poderia ter "talvez mais alguns" nomes.

Com esta decisão, a Espanha segue o exemplo de um conjunto de países europeus que consideram a atividade de diplomatas e pessoal das embaixadas da Rússia contrária aos "interesses de segurança" nacionais.

A Dinamarca e a Itália anunciaram hoje que vão expulsar 15 e 30 diplomatas russos, respetivamente, um dia depois de vários outros países europeus terem tomado a mesma medida. Também a Lituânia anunciou hoje a expulsão do embaixador da Rússia.

Na segunda-feira, a Alemanha declarou 40 diplomatas russos da embaixada de Berlim 'persona non grata', instando-os a deixar o país, enquanto a França avançou com a decisão de expulsar 35 diplomatas russos "cujas atividades são contrárias aos interesses" do país e representam um regime de "incrível brutalidade", como ficou "provado pelas imagens de crimes de guerra cometidos na cidade ucraniana de Bucha".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: "Nem Lisboa está segura agora?" Diplomata ucraniano reage a Medvedev

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