"Em Rubizhne, os russos atingiram um tanque com ácido nítrico", escreveu o chefe da Administração Estatal Regional de Lugansk, na sua conta da rede social Facebook, pedindo aos habitantes para não saírem dos seus abrigos e para fecharem portas e janelas.
Por sua vez, o porta-voz das forças da autoproclamada república de Lugansk, Ivan Filiponenko, disse aos meios de comunicação social russos que foram as Forças Armadas da Ucrânia que provocaram a explosão do tanque, que continha, de acordo com a sua versão, ácido clorídrico.
"Hoje, ao explodir um tanque com ácido clorídrico na oficina da unidade de produção de Zarya (em Rubizhne), uma nuvem de uma substância venenosa espalhou-se pela cidade de Zavodskoy, onde vivem mais de 10.000 pessoas", disse Filiponenko, citado pela agência russa Interfax.
As milícias pró-russas disseram ainda que mais de 40.000 toneladas de ácidos sulfúrico, clorídrico, nítrico e amoniacal permanecem em tanques no território da fábrica química Rubizhne, cuja explosão "causará danos irreparáveis à ecologia da região", num raio de 30 quilómetros".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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