"Explosões na região de Radekhiv. Mantenham-se todos abrigados", escreveu na plataforma digital Telegram Maksym Kozitskii, dirigente da administração militar regional, enquanto eram audíveis as sirenes da defesa antiaérea.
"Neste momento, não dispomos de informações sobre eventuais vítimas", acrescentou.
Longe da frente de combate, Lviv e o oeste da Ucrânia têm raramente sido alvo de bombardeamentos desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro.
A 26 de março, Lviv sofreu uma série de ataques russos, dois dos quais atingiram um depósito de combustível e fizeram cinco feridos, segundo as autoridades locais.
A cidade foi, a 18 de março, alvo de um primeiro ataque, que atingiu uma unidade de reparação de aviões próxima do aeroporto, sem fazer vítimas, de acordo com o presidente da câmara.
E a 13 de março, mísseis de cruzeiro russos tinham visado uma importante base militar cerca de 40 quilómetros a noroeste de Lviv, fazendo pelo menos 35 mortos e 134 feridos.
Próxima da fronteira com a Polónia, a cidade de Lviv tornou-se um refúgio para as pessoas deslocadas e acolheu no início da guerra várias embaixadas ocidentais, que se transferiram de Kiev.
Muitos ucranianos fugidos das zonas de batalha e se dirigiam para a Polónia e outros países da União Europeia ali fazem também escala.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,2 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 41.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos civis e militares e, embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a organização confirmou hoje pelo menos 1.480 mortos, incluindo 165 crianças, e 2.195 feridos entre a população civil.
Leia Também: Evacuação de Mariupol possível com ajuda da Turquia, diz Kyiv