Países Baixos apreendem 14 iates de oligarcas russos

As autoridades alfandegárias holandesas apreenderam 14 iates de oligarcas russos que estão em estaleiros, 12 em construção e dois em manutenção, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos, Wopke Hoekstra.

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Lusa
06/04/2022 09:14 ‧ 06/04/2022 por Lusa

Mundo

Sanções

 

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"Face às medidas [sanções] atuais, estes iates não podem ser entregues, transferidos ou exportados", disse Wopke Hoekstra numa carta ao Parlamento holandês.

Entre os navios em construção estão iates de luxo com mais de 35 metros de comprimento, que estão a ser construídos em cinco estaleiros diferentes para "proprietários efetivamente russos".

"Não são pessoas que aparecem, propriamente dito, nas listas de sanções europeias, mas dadas as medidas atuais, estes navios não podem ser fornecidos, transferidos ou exportados neste momento", disse Wopke Hoekstra.

"As relações de propriedade dos iates estão sob investigação", disse o ministro holandês, acrescentando que os dois iates que estão em manutenção também estão sob investigação.

"A relação de um desses iates com alguém que integra as listas de sanções da União Europeia (UE) está também sob investigação", disse o ministro.

Vários países europeus anunciaram recentemente a apreensão de iates de pessoas que são alvo de sanções desde o início da invasão russa na Ucrânia.

"O Governo enfatiza que o cumprimento e a aplicação das sanções são de grande importância", adiantou.

Cerca de 516 milhões de euros em ativos e 155 milhões de transações russos também foram congelados na Holanda, disse o ministro.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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