UE reforça ajuda ao Sahel e Lago Chade face a crise alimentar

A União Europeia (UE) anunciou hoje um reforço do seu "compromisso político e financeiro com os países parceiros em África", designadamente nas regiões do Sahel e do Lago Chade, face à crise alimentar agravada pela guerra na Ucrânia.

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Lusa
06/04/2022 12:31 ‧ 06/04/2022 por Lusa

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União Europeia

Em comunicado, a Comissão Europeia indica que, "no contexto do agravamento da segurança alimentar e nutricional devido à invasão russa da Ucrânia", a UE vai destinar um total de 554 milhões de euros em 2022 ao aumento da segurança alimentar no Sahel e no Lago Chade, "onde milhões de pessoas já sofrem uma situação grave, que poderá agravar-se".

O apoio da União Europeia, anunciado num evento de alto nível sobre segurança alimentar nas regiões do Sahel e do Lago Chade coorganizado pela UE, o Clube do Sahel e da África Ocidental e a Rede Global contra crises alimentares, "inclui tanto uma resposta humanitária como apoio ao trabalho sobre as causas profundas da insegurança alimentar no Burkina Faso, Camarões, Chade, Mali, Mauritânia, Níger e Nigéria".

"Para responder às necessidades de emergência esmagadoras na região do Sahel e do Lago Chade e, em particular, à iminente insegurança alimentar e crise nutricional, a UE já disponibilizou 173 milhões de euros em assistência humanitária. Hoje, a UE anunciou mais 67 milhões de euros, elevando a contribuição total para os países afetados nas regiões do Sahel e do Lago Chade para 240 milhões de euros em 2022 até à data", precisa o executivo comunitário.

Para reforçar a sustentabilidade dos sistemas alimentares e abordar as causas subjacentes à insegurança alimentar e nutricional, a UE reservou 654 milhões de euros para o período 2021-2024 nos sete países, visando estes fundos "dar uma resposta a longo prazo de ajuda ao desenvolvimento à crise alimentar estrutural", aponta Bruxelas.

"Destas verbas, a UE disponibilizará um montante global de 314 milhões de euros antes do final de 2022 para estes sete países" e "também apoiará toda a região interdependente do Sahel e da África Ocidental com programas regionais", lê-se no comunicado hoje divulgado.

"A brutal invasão russa da Ucrânia provocou um aumento brutal dos preços dos alimentos e agravou o risco de escassez alimentar. A insegurança alimentar aumenta inevitavelmente a instabilidade e as desigualdades. Para a evitar, precisamos de ajudar os nossos parceiros a tornarem-se mais autossuficientes e de trabalhar em conjunto para reforçar o sistema alimentar multilateral", comentou o alto representante da UE para a Política Externa.

Segundo Josep Borrell, o reforço do "compromisso político e financeiro da UE com os países das regiões do Sahel e do Lago Chade", visa prevenir que milhões de pessoas que já sofrem uma situação grave tornem-se "outras vítimas da guerra na Ucrânia".

Leia Também: Bruxelas leva Portugal a tribunal por falhas na proteção contra radiações

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