O incêndio, que deflagrou na sexta-feira à noite, destruiu rapidamente o mercado Waheen, que albergava cerca de 2.000 bancas e lojas e era o coração económico da Hargeisa. O incêndio, cuja causa permaneceu desconhecida, deixou cerca de 20 pessoas feridas.
O presidente da Somalilândia, Muse Bihi Abdi, solicitou "2 mil milhões de dólares para prestar assistência humanitária e de subsistência urgente a cerca de 5.000 pequenas, médias e grandes empresas familiares", numa declaração emitida em inglês.
"Esta é uma emergência da maior importância e o tempo está a esgotar-se", disse.
Abdi acrescentou que o incêndio, que devastou um dos maiores mercados do Corno de África, tinha causado perdas estimadas em 2 mil milhões de dólares, ou cerca de 60% do produto interno bruto da Somalilândia.
Os investigadores estão a trabalhar para determinar a causa do incêndio e o seu relatório será divulgado aos meios de comunicação social nos próximos dias, acrescentou.
Vários países, incluindo o Reino Unido, que em tempos governou a Somalilândia como protectorado, e países vizinhos como a Etiópia e o Djibuti, expressaram solidariedade para com Hargeisa.
A Somalilândia declarou a sua independência da Somália em 1991, um ato não reconhecido pela comunidade internacional, que deixou a região de 4,5 milhões de pessoas pobre e isolada.
Mas a Somalilândia tem permanecido uma ilha de estabilidade em comparação com a Somália, que tem sido devastada por décadas de violência política e uma insurreição islâmica mortal.
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