David Smith, 57 anos, foi detido pela polícia alemã no dia 10 de agosto e é "acusado de nove crimes ao abrigo da Lei dos Segredos Oficiais", detalhou Nick Price, responsável da secção de contraterrorismo do Ministério Público britânico, em comunicado.
"É acusado de sete crimes de recolha de informação com a intenção de a transmitir às autoridades russas, um de tentativa de comunicação e um de fornecer informações a uma pessoa que ele acreditava ser um funcionário russo", acrescentou.
As acusações remontam a um período entre outubro de 2020 e agosto de 2021, informou a polícia londrina num outro comunicado.
A extradição de Smith coincide com a expulsão, nos últimos dias, de centenas de diplomatas russos por países europeus, muitos sob acusações de espionagem.
Depois da França e da Alemanha, na segunda-feira, Itália, Dinamarca, Suécia, Espanha e Portugal, entre outros países, anunciaram na terça-feira que iriam expulsar dezenas de diplomatas russos, marcando uma nova deterioração das relações com Moscovo, após o alegado massacre ocorrido na cidade de Bucha, perto da capital ucraniana, Kiev.
O Reino Unido já tinha expulsado vários diplomatas russos em 2018, mas num outro contexto, o do envenenamento do ex-agente duplo Sergei Skripal, com um produto neurotóxico desenvolvido para fins militares na época soviética.
A Rússia, que negou qualquer envolvimento no caso, também expulsou diplomatas britânicos, num movimento cruzado então sem precedentes desde o fim da Guerra Fria, entre a Rússia e o Ocidente.
Leia Também: Estónia, Letónia, Suécia e Eslovénia expulsam diplomatas russos