Cidade já devastada de Severodonetsk prepara-se para ataques mais fortes

As forças russas deverão intensificar os seus esforços no leste e a sul da Ucrânia, especialmente nas repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk, assim como em Mariupol.

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Notícias ao Minuto
06/04/2022 23:31 ‧ 06/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

A cidade industrial de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, tem sido alvo de bombardeamentos e mísseis durante os últimos dias, mas a população prepara-se para o pior perante a remobilização de tropas russas naquela zona da Ucrânia.

Segundo conta a AFP, citando o governador da cidade, Sergiy Gaiday, esta quarta-feira foram atacados dez edifícios, além de centros comerciais e garagens.

O governador garante que não foi atingida "uma única infraestrutura estratégica ou militar".

As fotografias da AFP demonstram a destruição provocada esta quarta-feira pelos russos, com vários residentes a abandonar a correr as suas casas.

Severodonetsk fica na região da república separatista de Lugansk, uma das regiões mais disputadas entre Ucrânia e Rússia, mas mantém-se sob controlo dos ucranianos. Com cerca de 100 mil habitantes, a cidade fica praticamente na linha da frente da guerra que se disputa no país desde 2014, aquando da anexação da Crimeia pelos russos.

Depois dos avisos de vários governos e agências de inteligência internacionais sobre uma mobilização de tropas russas para leste, depois do falhado cerco a Kyiv, as autoridades ucranianas recomendaram esta quarta-feira à população que fuja da região, com receio de uma intensificação dos bombardeamentos.

Severodonetsk também se encontra uma situação delicada, visto ser uma importante cidade mineira na região do Donbass e uma das principais fontes económicas da antiga União Soviética, segundo conta a AFP. No entanto, nos últimos anos, a guerra obrigou o enceramento de quase todas as fábricas, e os bombardeamentos apenas adensaram um cenário tenebroso para a região.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 1.500 mortos, segundo dados da Organização das Nações Unidas, mas esta adverte que o número real poderá ser muito superior, tendo em conta as dificuldades em contabilizar os mortos em cidades bombardeadas e cercadas pelas tropas russas.

Leia Também: Lugansk. Bombardeamento russo deixa pelo menos dez edifícios em chamas

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