G7 condena "atrocidades cometidas por tropas russas" na Ucrânia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 estiveram reunidos com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.

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© Alexandra Beier - Pool / Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
07/04/2022 13:58 ‧ 07/04/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 - Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos da América - e o Alto Representante da União Europa, Josep Borrell, reunidos esta quinta-feira, condenaram “veementemente as atrocidades cometidas pelas forças armadas russas em Bucha e outras cidades ucranianas”.

Num comunicado, os responsáveis sublinham que as imagens “assombrosas” que denunciam os crimes cometidos contra civis e os “relatos de violência sexual e destruição de infraestruturas civis” mostram a “verdadeira face da guerra brutal da agressão da Rússia contra a Ucrânia e o seu povo”.

Os “massacres” ocorridos nas cidades ucranianas serão “incluídos na lista de atrocidades e graves violações do direito internacional, incluindo o direito internacional humanitário e os direitos humanos”, cometidos pela Rússia na Ucrânia.

Na reunião dos líderes esteve presente o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kubela, a quem foi expressada “sincera solidariedade” e as “mais profundas condolências às vítimas desta guerra”, além de um “apoio inabalável à Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”, que passará por “ajudar ainda mais” com “equipamentos militares e meios financeiros”.

“Destacamos que os responsáveis por estes atos hediondos e atrocidades, incluindo quaisquer ataques contra civis e destruição de infraestrutura civil, serão responsabilizados e processados”, destaca o comunicado, frisando que irá “apoiar os trabalhos em curso para investigar e reunir as provas destes e de outros potenciais crimes”. 

Além de responsabilizar a Rússia, o G7 frisa que “continuará a promover a responsabilização de todos os cúmplices da guerra escolhida por Moscovo”, incluindo o regime do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Depois de os Estados Unidos da América pedirem a “suspensão” da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), também os líderes afirmam estar “convencidos que está na altura” de proceder à suspensão, sublinhando ainda que a Rússia “deve cumprir imediatamente a ordem” do Tribunal Internacional de Justiça para “suspender as operações militares iniciadas a 24 de fevereiro”. 

“Instamos a Rússia a retirar completamente as suas forças e equipamentos militares de todo o território da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. Alertamos contra qualquer ameaça ou uso de armas químicas, biológicas ou nucleares”, reiteram. 

E alertam: “Recordamos as obrigações da Rússia nos tratados internacionais dos quais faz parte e que nos protegem a todos. Qualquer uso de tal arma pela Rússia seria inaceitável e resultaria em graves consequências.”

Os responsáveis instam ainda a Rússia a “fornecer acesso humanitário seguro e rápido” e a “permitir que a ajuda humanitária seja entregue a cidades sitiadas” e asseguram que irão “apoiar a estrutura de coordenação humanitária do governo da Ucrânia” a “desembolsar rapidamente o apoio humanitário”, que “é urgentemente necessário”.

As sanções económicas e financeiras “sem precedentes” contra a Rússia irão permanecer e será aumentada “a pressão económica infligida à Rússia e ao regime de Lukashenko”, na Bielorrússia. Serão impostas “medidas restritivas adicionais coordenadas para impedir efetivamente a capacidade russa de continuar a agressão contra a Ucrânia” e o G7 e os parceiros internacionais trabalharão “juntos para impedir qualquer tentativa de contornar as sanções ou ajudar a Rússia por outros meios” e para reduzir a “dependência da energia russa”.

Assinala-se esta quinta-feira o 43.º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 1.563 civis morreram e 2.213 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU). A guerra já levou à fuga de mais de 11 milhões de pessoas, 4,1 milhões das quais para países vizinhos.

Leia Também: AO MINUTO: "Última oportunidade" para sair do Donbass; PE pede embargo

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