Indonésia vai discutir eventual exclusão da Rússia da cimeira do G20

A Indonésia admitiu hoje que a Rússia pode ficar excluída da cimeira do G20 prevista para novembro na ilha de Bali, após os Estados Unidos e outros países ocidentais terem defendido essa posição devido à invasão da Ucrânia, indicou hoje o Governo.

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Lusa
07/04/2022 16:57 ‧ 07/04/2022 por Lusa

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Jacarta, 07 abr 2022 (Lusa) -- A Indonésia admitiu hoje que a Rússia pode ficar excluída da cimeira do G20 prevista para novembro na ilha de Bali, após os Estados Unidos e outros países ocidentais terem defendido essa posição devido à invasão da Ucrânia, indicou hoje o Governo.

"Estamos a investigar a questão da Rússia e da Ucrânia e vamos debatê-lo noutro fórum quando chegar o momento. Necessitamos de uma política muito cuidadosa sobre a forma em que vamos responder na qualidade de país presidente [do G20]", declarou em conferência de imprensa Dedy Permadi, porta-voz do Ministério da Informação e Comunicação.

Na quarta-feira, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, declarou que a Rússia deveria ser expulsa, uma opinião também manifestada pelo Presidente Joe Biden, e de seguida pelo primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, e pelo homólogo australiano Scott Morrison.

Segundo o Kremlin, a participação do Presidente russo, Vladimir Putin, dependerá da situação, na sequência dos pedidos de diversos líderes para que seja impedida a sua presença.

"A decisão será tomada dependendo da situação", disse na sua conferência de imprensa diária o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, para acrescentar que a opinião da Indonésia será a primeira a considerar.

Na sequência da anexação da península da Crimeia em 2014, a Rússia foi expulsa do G8, o grupo dos países mais industrializados do mundo, que passou a designar-se G7.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Primeiro-ministro do Canadá contra a presença da Rússia na cimeira do G20

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