Ucrânia: Eslováquia fornece a Kyiv sistema de defesa anti-aérea S-300

A Eslováquia forneceu o sistema de defesa anti-aérea S-300 à Ucrânia, em apoio ao país que luta contra a invasão russa, anunciou hoje o primeiro-ministro, Edouard Heger.

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Lusa
08/04/2022 13:47 ‧ 08/04/2022 por Lusa

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Ucrânia

"Posso confirmar que a Eslováquia doou o sistema de defesa aérea S-300 para a Ucrânia", escreveu Heger na sua conta da rede social Facebook.

De acordo com Heger - que viajava a bordo de um comboio com destino a Kiev, numa delegação de líderes europeus, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen - esta doação é a resposta do seu país a um pedido de assistência feito pela Ucrânia no exercício de autodefesa, ao abrigo do artigo 51 da Carta das Nações Unidas.

O sistema de mísseis terra-ar móvel multicanal S-300, de 'design' russo, estava entre os pedidos específicos da Ucrânia de armas de países ocidentais.

O primeiro-ministro eslovaco salientou que a entrega do sistema "não significa que a República Eslovaca se tornou parte do conflito armado na Ucrânia".

Heger, cujo país é membro da União Europeia e da NATO, também garantiu que a Eslováquia poderá contar nos próximos dias com "um sistema de defesa antimísseis adicional" fornecido pelos seus aliados.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Portugal aceitou mais de 29 mil pedidos de proteção temporária

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