Autoridades de Odessa decretam recolher obrigatório

As autoridades de Odessa decretaram hoje um recolher obrigatório que vai vigorar entre a noite de sábado e a manhã de segunda-feira neste grande porto ucraniano do mar Negro e justificado pela "ameaça" de ataques de mísseis.

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Lusa
08/04/2022 18:05 ‧ 08/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Após o bombardeamento da estação de caminhos de ferro de Kramatorsk, leste da Ucrânia, que provocou pelo menos 50 mortos, "existe sobre Odessa uma ameaça de ataque com mísseis em 10 de abril de 2022. É por isso que foi imposto um recolher obrigatório em Odessa e na sua região a partir das 21:00 de 09 de abril até às 06:00 de 11 de abril", anunciou hoje a administração militar regional.

Na noite de quinta-feira, diversas testemunhas registaram explosões, sem determinar a origem.

Hoje, o ministério da Defesa russo anunciou que "um centro de acolhimento e treino de mercenários estrangeiros em Krasnosilka, a nordeste de Odessa" foi destruído por mísseis.

O conselho municipal desta cidade portuária referiu na noite de quinta-feira que diversas infraestruturas tinham sido atingidas por mísseis.

No domingo, pela primeira vez em duas semanas, Odessa foi alvo de uma séria de ataques russos.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Autoridades de Odessa denunciam ataque de mísseis disparados do mar

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