Brasil vai ter centro internacional de combate ao tráfico humano

A cidade brasileira do Rio de Janeiro acolherá a partir deste ano o Centro Internacional de Combate ao Tráfico de Pessoas, no qual a polícia de 18 países das Américas coordenará as operações de ataque a este crime internacional.

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© Andre Borges/Bloomberg via Getty Images

Lusa
09/04/2022 06:46 ‧ 09/04/2022 por Lusa

Mundo

Rio de Janeiro

A criação do centro operacional foi selada hoje em Bogotá através de um acordo assinado pelo diretor da Polícia Federal Brasileira, Marcio Nunes de Oliveira, e pelo presidente da Comunidade de Polícia Americana (Ameripol), Andes Severino, de acordo com um comunicado divulgado pela agência de segurança brasileira.

A iniciativa, "sem precedentes no mundo", permitirá à polícia de 18 países do continente coordenar esforços para combater "o contrabando de imigrantes e o tráfico de seres humanos", dois dos crimes que mais rapidamente crescem no planeta, de acordo com a declaração da Polícia Federal.

A sede internacional será criada no Rio de Janeiro sob a coordenação da Polícia Federal e terá sistemas informáticos modernos com acesso a bases de dados multinacionais e outros instrumentos que "facilitarão as investigações sobre organizações criminosas".

"O intercâmbio de investigadores de vários países, trabalhando lado a lado, física e virtualmente, será a chave para a eficácia das operações que requerem agilidade no salvamento das vítimas e na monitorização dos fluxos migratórios", acrescenta a Polícia Federal.

O centro oferecerá também cursos de formação na área a agentes policiais do continente.

"O lançamento das atividades do centro está previsto para este ano, com a integração de agentes de ligação de vários países do continente que já trabalham no Centro de Cooperação Policial Internacional, também localizado no Rio de Janeiro", acrescentaram as autoridades.

Segundo a organização, o tráfico de pessoas e o contrabando de migrantes é o crime que torna os criminosos os mais ricos do mundo, depois do tráfico de droga e de armas, com um volume de negócios de cerca de 1,28 mil milhões de dólares por ano.

A nota acrescenta que metade das mulheres vítimas deste tipo de crime sofrem alguma forma de abuso sexual durante a sua viagem.

Leia Também: Mãe e seis filhos menores entre as vítimas mortais em chuvadas no Brasil

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