Ucrânia. Mais de 6.600 civis retirados por corredores humanitários

As autoridades ucranianas avançaram que 6.665 civis foram retirados através de corredores humanitários nas últimas 24 horas, mas acusaram os russos de terem retido oito autocarros na cidade de Melitopol.

Notícia

© Lusa

Lusa
09/04/2022 06:08 ‧ 09/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuk, disse que na sexta-feira 5.158 cidadãos usaram os seus próprios meios de transporte para chegar à cidade de Zaporijia, através do corredor humanitário de Mariupol e Berdyansk.

Segundo um comunicado, 1.614 eram civis de Mariupol, 3.544 de regiões de Zaporijia e 1.507 de outras cidades.

Vereshchuk garantiu que hoje "vão continuar os trabalhos no corredor humanitário para Mariupol e as cidades bloqueadas da região de Zaporijia, bem como a retirada de pessoas das cidades da região de Lugansk".

Em relação aos oito autocarros apreendidos pelas forças russas em Melitopol, a vice-primeira-ministra destacou que as autoridades estão "a negociar para que esses autocarros sejam devolvidos e dar uma oportunidade, de acordo com os acordos, de retirar os moradores locais".

Os acordos "permitem cooperação com o poder ocupante (chamemos-lhe assim), decidir quem deve ir para onde e quem não deve, onde recolher a ajuda humanitária, quando apreender autocarros na estrada onde funciona o corredor humanitário", lamentou Vereshchuk.

A vice-primeira-ministra acrescentou que os corredores foram criados de acordo com o direito humanitário.

"Tudo o que seja feito durante a operação e a vigência desse corredor pode ser considerado uma grave violação do direito internacional", disse Vereshchuk.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Há provas de "crimes de guerra" russos, diz Zelensky

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas