"Se as atrocidades de Bucha não são um crime de guerra, o que é?"
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em declarações proferidas quando se preparava para sair da Ucrânia.
© Getty Images
Mundo Rússia/Ucrânia
No momento em que se preparava para abandonar, este sábado, o território da Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que as atrocidades cometidas na cidade de Bucha, em Kyiv, são provas da ocorrência de crimes de guerra por parte das tropas de Moscovo.
"O meu instinto diz-me: se [o que aconteceu em Bucha] não se trata de um crime de guerra, o que é um crime de guerra? Mas eu sou médica de formação e os advogados é que têm de investigar cuidadosamente", disse Von der Leyen aos repórteres, a bordo de um comboio que se dirigia para fora da Ucrânia.
"Vi as fotografias, [o primeiro-ministro ucraniano] Denys Shmyhal mostrou-me. Matar pessoas enquanto estas passam a pé", prosseguiu, acrescentando, referindo-se particularmente ao caso de Bucha: "Pudemos também ver com os nossos próprios olhos, que a destruição na cidade é direcionada para as vidas civis. Os edifícios residenciais não são um alvo militar".
As declarações foram proferidas depois da presidente da Comissão Europeia ter se deslocado, na sexta-feira, à Ucrânia para testemunhar as consequências dos bombardeamentos russos em cidades como Bucha.
Na sexta-feira, uma equipa forense começou a exumar uma vala comum em Bucha, com as autoridades ucranianas a afirmarem que os russos costumavam enterrar as vítimas resultantes da sua ocupação.
A União Europeia e outros aliados ocidentais estão já, neste momento, a ajudar a Ucrânia a compilar provas para futuros processos por crimes de guerra perpetrados pela Rússia.
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