A Rússia levou a cabo um novo exercício militar na cidade de Kaliningrado - um enclave russo no Mar Báltico localizado entre a Polónia e a Lituânia, informou este sábado a agência noticiosa russa Interfax.
"Até 1.000 militares... e mais de 60 unidades de equipamento militar estiveram envolvidas nas verificações de controlo", informou a agência, citando o serviço de imprensa do Comando Russo da Frota do Báltico.
Durante esta noite, e separadamente, 20 caças SU-27 e bombardeiros da linha da frente SU-24 realizaram treino de combate, simulando ataques a alvos aéreos e terrestres de baixa velocidade, a postos de comando e a equipamento militar em Kaliningrado, noticiou a Interfax. A mesma fonte, não esclareceu, no entanto, a razão por detrás destes exercícios, nem mesmo informações acerca da data de planeamento dos mesmos.
Esta informação surge depois do vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Alexander Grushko, ter já advertido, na passada quarta-feira, os países europeus contra qualquer potencial ação contra Kaliningrado - dizendo que tal seria "brincar com o fogo".
A este propósito, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tinha já alertado que o país seria obrigado a agir se as suas "linhas vermelhas" fossem atravessadas pelos Estados-membros da NATO - dizendo até que Moscovo encararia uma eventual instalação de certas capacidades de mísseis ofensivos em solo ucraniano como se fosse um "gatilho".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,4 milhões para os países vizinhos.
Leia Também: UE condena proibição de organizações de Direitos Humanos na Rússia