O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deslocou-se até Kyiv para se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa visita até agora desconhecida.
Uma fotografia partilhada pela Embaixada da Ucrânia no Reino Unido, através da rede social Twitter, mostra a dupla em conversações na capital do país, com as respetivas bandeiras a enfeitar a sala onde se encontram.
Na descrição da imagem, a Embaixada escreveu apenas "Surpresa", mensagem que vinha acompanhada de um emoji.
Surprise pic.twitter.com/AWa5RjYosD
— Embassy of Ukraine to the UK (@UkrEmbLondon) April 9, 2022
A viagem foi ainda confirmada por Andriy Sybiha, chefe-adjunto do gabinete presidencial da Ucrânia, através de uma publicação no Facebook. "A Grã-Bretanha é um líder no apoio à defesa da Ucrânia. Líder na coligação antiguerra. Líder em sanções contra o agressor russo", escreveu Sybiha.
A visita do primeiro-ministro britânico a Kyiv surge depois de outros líderes estrangeiros terem já viajado até território ucraniano, como forma de mostrar o seu apoio ao país, que tem vindo a ser alvo de um invasão perpetrada por tropas russas.
A título de exemplo, o chanceler austríaco, Karl Nehammer, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fizeram uma visita ao país na sexta-feira.
Segundo o Daily Mail, tinha sido já noticiado, no mês passado, que Boris Johnson tinha pedido aos funcionários governamentais para examinarem a viabilidade associada a uma viagem até à capital ucraniana, onde teria a oportunidade de conversar presencialmente com o presidente Zelensky.
Como lembra a Sky News, o primeiro-ministro britânico fez a viagem pouco depois do Reino Unido se ter comprometido, pela primeira vez, a enviar veículos blindados para a Ucrânia, como parte de um novo pacote de ajudas no valor de 100 milhões de libras (quase 120 milhões de euros).
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,4 milhões para os países vizinhos.
[Notícia atualizada às 15h28]