Na atualização de hoje, contam-se 4.503.954 pessoas refugiadas, mais 62.291 do que o número de sábado, no que é o maior movimento de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Cerca de 90% destas pessoas são mulheres e crianças, uma vez que as autoridades ucranianas não autorizam a saída de homens em idade de serem incorporados nas forças armadas.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 210.000 pessoas de outras nacionalidades também fugiram de território ucraniano, com dificuldades para voltarem aos seus países de origem.
As Nações Unidas estimam que haja ainda 7,1 milhões de pessoas deslocadas no interior da Ucrânia, um número atualizado pela OIM a 05 de abril.
Um total superior a 11 milhões de pessoas - mais de um quarto da população da Ucrânia - foi obrigado a fugir por causa da invasão russa.
A maior parte dos refugiados que saíram da Ucrânia está na Polónia, que até sábado recebeu 2.593.902 pessoas, embora hoje de manhã a contabilidade dos serviços fronteiriços polacos tenha atingido 2,63 milhões.
Na Roménia estão pelo menos 686.232 pessoas refugiadas, grande parte das quais passou primeiro pela Moldova, país que acolheu pelo menos 410.882 refugiados.
Na Hungria estão 419.101 refugiados, 314.485 na Eslováquia e pelo menos 404 mil foram para a Rússia, 113.000 dos quais saíram dos territórios controlados por separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo
Leia Também: Visita surpresa terminou nas ruas. Boris Johnson deixou 'desejo' em Kyiv