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Forças especiais britânicas treinaram tropas locais na Ucrânia

As forças especiais britânicas treinaram tropas locais em Kyiv, na Ucrânia, pela primeira vez desde o início da ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia, revelaram comandantes ucranianos ao jornal britânico The Times.

Forças especiais britânicas treinaram tropas locais na Ucrânia
Notícias ao Minuto

13:43 - 16/04/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Oficiais de dois batalhões estacionados na capital ucraniana e nos arredores disseram ao jornal que receberam treino militar de soldados britânicos nas duas últimas semanas.

O capitão Yuriy Myronenko, pertencente a um batalhão que está em Obolon, a norte de Kyiv, explicou ao The Times que soldados das forças especiais foram instruir novos recrutas a usar mísseis antitanque NLAW - Next generation Light Anti-tank Weapon, fornecidos pelo Reino Unido.

Mas o jornal, citado pela agência noticiosa Efe, ressalva que o Ministério da Defesa em Londres não confirmou esta informação, citando o protocolo que não permite comentar operações especiais.

O The Times destaca ser esta a primeira vez, desde o início da guerra, que se verifica a presença ativa de soldados britânicos em solo ucraniano, já que até agora os treinos eram assegurados por ex-militares ou voluntários, e refere que os soldados do Reino Unido foram para a Ucrânia após a invasão da Crimeia, mas foram retirados em fevereiro para evitar um conflito direto com as forças russas e pela possibilidade de a NATO (aliança do Atlântico Norte) ser arrastada para uma guerra.

A notícia é publicada numa altura de tensão entre a Rússia e o Reino Unido, que tem fornecido armas à Ucrânia e aplicado sanções à Rússia, e no dia em Moscovo proibiu de entrar no país o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e outros 12 altos funcionários por "ações hostis sem precedentes".

"Este passo foi dado em resposta à campanha de informação política desenfreada desencadeada por Londres, que visa o isolamento internacional da Rússia, a criação de condições para conter o nosso país e estrangular a economia nacional", comunicou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, aquando do anúncio da medida.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase 2.000 civis, segundo dados das Nações Unidas, que alertam para a probabilidade de o número ser maior.

A ofensiva militar foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu enviando armamento para a Ucrânia e aplicando sanções económicas e políticas à Rússia.

Leia Também: Rússia realiza novo ataque contra fábrica de armamento em Kyiv

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