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Macron deixou de dialogar com Putin após descoberta do massacre de Bucha

O presidente francês afirma, no entanto, que "não descarta fazê-lo no futuro".

Macron deixou de dialogar com Putin após descoberta do massacre de Bucha
Notícias ao Minuto

23:50 - 18/04/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

O presidente de França, Emmanuel Macron, considerou esta segunda-feira que a “guerra tomou um rumo diferente” após o massacre de Bucha e confessou que deixou de dialogar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, após a descoberta dos crimes cometidos por tropas russas contra civis naquela cidade ucraniana. 

“Desde os massacres que descobrimos em Bucha e noutras cidades, a guerra tomou um rumo diferente. Não voltei a dialogar com ele [Putin] diretamente desde então, mas não descarto fazê-lo no futuro”, afirmou o chefe de Estado francês em declarações à televisão France 5. 

Sublinhe-se que os primeiros relatos de crimes contra civis na cidade ucraniana de Bucha surgiram no início do mês. Segundo as autoridades ucranianas, civis foram violados, torturados e mortos pelas tropas russas. Os ataques têm sido negados pelo Kremlin, que defende que as imagens divulgadas são “falsas” e têm como objetivo denegrir a imagem do exército russo.

Questionado sobre o facto de não ter visitado a capital ucraniana, Kyiv, tal como outros líderes europeus, Macron frisou que irá “voltar a Kyiv” e que é “óbvio que não precisa de viajar” até à Ucrânia “para mostrar apoio”. Acrescentou ainda que já conversou “mais de 40 vezes” com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro. “Se for a Kyiv, será para fazer a diferença”, garantiu.

Ainda ontem, Zelensky, anunciou que convidou o seu homólogo francês a visitar a Ucrânia para que Emmanuel Macron constate no terreno o "genocídio" perpetrado pelas forças militares russas.

Assinala-se, esta segunda-feira, o 54º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.072 civis morreram e 2.818 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito maior.

Leia Também: AO MINUTO: Ucrânia usou bombas proibidas?; Começou batalha pelo Donbass

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