AO MINUTO: "Deponham armas", diz Moscovo; Recrutados 20 mil mercenários
Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia.
© REUTERS/Alexander Ermochenko
Mundo Ucrânia/Rússia
A batalha em Mariupol continua a intensificar-se e os russos fizeram um ultimato esta terça-feira para que os ucranianos se rendessem na cidade costeira. O novo ultimato foi recusado e, agora, as atenções viram-se para da fábrica em Azovstal, o último reduto ucraniano na cidade.
O Kremlin também acusou o secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, de não ter tentado contactar o presidente russo, apesar dos constantes apelos à paz e ao diálogo. Da ONU, ainda não surgiu resposta.
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil, mas a agência da ONU alerta que o número de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as vítimas em cidades sitiadas e muito bombardeadas pelos russos.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados aponta para a existência de quase cinco milhões de refugiados ucranianos, com mais de metade (2,8 milhões) a fugir para a Polónia.
Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia:
00h00 - Boa noite. Terminamos por agora a cobertura AO MINUTO da invasão russa na Ucrânia. Poderá voltar a acompanhar os acontecimentos na Ucrânia na manhã de quarta-feira.
23h54 - Ucrânia "já teria encerrado esta guerra" se tivesse as armas da Rússia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou, esta, terça-feira, que a Ucrânia “já teria encerrado” a guerra contra a Rússia se tivesse acesso às mesmas armas do que a Rússia.
“Se tivéssemos acesso a todas as armas que precisamos, que os nossos parceiros têm e que são comparáveis às armas usadas pela Federação Russa, já teríamos encerrado esta guerra”, frisou Zelensky, que destaca a “superioridade bastante óbvia dos militares ucranianos em tática e sabedoria”.
23h45 - Líderes ocidentais vão "reforçar sanções" e intensificar ajuda a Kyiv
Os líderes dos países ocidentais e aliados da Ucrânia comprometeram-se hoje em reforçar "ainda mais" as sanções contra a Rússia e intensificar a assistência financeira e de segurança a Kyiv, adiantou a presidente da Comissão Europeia.
Good to speak with President @ZelenskyyUa on how to further increase our help to Ukraine
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) April 19, 2022
We discussed financial and security assistance, and Ukraine´s replies to the questionnaire on EU membership.@EU_Commission stands ready to support.
Ukraine belongs in our European family. pic.twitter.com/vv1wY5gRCV
23h35 - ONU alerta para discriminação contra refugiados estrangeiros
O líder da agência da ONU para as Migrações, António Vitorino, afirmou hoje que tem assistido a casos de discriminação, violência e xenofobia contra os nacionais de países terceiros que fogem da guerra na Ucrânia.
"A discriminação com base na raça, etnia, nacionalidade ou estatuto de migração não é aceitável. Apelo a todos os Estados para que garantam que proteção e assistência imediata sejam asseguradas de forma não discriminatória, particularmente nos pontos de passagem de fronteira", pediu o diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), António Vitorino, perante o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
23h26 - Letónia vai proibir compra de gás russo até ao final do ano
A Letónia vai mudar a lei de energia para proibir oficialmente a compra de gás russo até ao final do ano, anunciou hoje o ministro da Economia letão, Janis Vitenbergs, após uma reunião governamental.
23h15 - Em Bucha, um homem morreu por ter o mesmo apelido que o opositor Navalny
Alexei Navalny, o maior opositor do regime russo, revelou esta terça-feira que Ilya Navalny, um homem de 60 anos, foi “morto por causa do seu apelido” na cidade ucraniana de Bucha. Segundo o opositor do presidente da Rússia, Vladmir Putin, as tropas russas “esperavam que fosse um parente” seu.
"Um passaporte com o apelido ‘Navalny’ está ao lado de um cadáver no chão. Esta é uma das pessoas mortas na aldeia ucraniana de Bucha. Ilya Ivanovich Navalny", começou por contar, na rede social Twitter, o político, que se encontra preso desde janeiro de 2021 por acusações que considera terem sido “fabricadas”.
1/9 A passport with the surname “Navalny” lies next to the dead body on the ground. This is one of the people killed in the Ukrainian village of Bucha. Ilya Ivanovich Navalny. pic.twitter.com/vxfdkrTmLv
— Alexey Navalny (@navalny) April 19, 2022
23h02 - Parlamento finlandês inicia quarta-feira debate sobre adesão à NATO
O parlamento finlandês começa quarta-feira a debater a adesão do país à NATO, para se proteger melhor contra uma possível agressão russa, e com uma candidatura agora "muito provável". Apesar das últimas ameaças de Moscovo de reforços nucleares na região do Báltico se a vizinha Finlândia ou a Suécia se juntarem à aliança militar liderada pelos EUA, Helsínquia pretende tomar uma decisão rapidamente sobre este assunto.
22h49 - Malcolm Nance. Especialista da Marinha dos EUA combate na Ucrânia
Malcolm Nance, especialista em serviços de informações da Marinha norte-americana com mais de 30 anos de experiência e presença assídua em programas de comentário norte-americanos está agora “há cerca de um mês” a combater na Ucrânia.
I’m DONE talking. #JoinTheLegion #StopRussia #SlavaUkraini pic.twitter.com/ob3gL1cZ7P
— Malcolm Nance (@MalcolmNance) April 19, 2022
22h28 - "Não deviam estar lá". Reino Unido não vai mediar troca de prisioneiros
O ministro para a Irlanda do Norte, Brandon Lewis, afirmou esta terça-feira que os dois militares britânicos capturados pelas tropas russas na Ucrânia “não deviam lá estar” e revelou que o Reino Unido não pretende mediar uma eventual troca pelo político ucraniano pró-russo Viktor Medvedchuk.
22h20 - Bélgica e Holanda vão fortalecer laços em áreas como segurança e defesa
Os governos da Bélgica e da Holanda prometeram hoje fortalecer ainda mais os seus laços em diferentes áreas, como segurança e defesa, combate ao narcotráfico ou transição energética, especialmente no contexto atual da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
22h15 - Petroleiro apreendido na Grécia e iate de oligarca bloqueado nas Fiji
As autoridades das ilhas Fiji impediram hoje um iate de grandes dimensões, alegadamente propriedade de um oligarca russo, de sair das suas águas, a pedido dos Estados Unidos, enquanto na Grécia a guarda costeira apreendeu um petroleiro russo.
22h04 - Joe Biden recusa confirmar viagem a Kyiv
O presidente norte-americano continua incerto sobre se aceita o convite do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sobre uma visita a Kyiv. Num evento no New Hampshire, citado pela CNN Internacional, Biden comentou que já foi à Ucrânia várias vezes, mas não confirma se existem planos para ser o próximo líder a visitar Zelensky, depois de outros líderes europeus (como Ursula von der Leyen ou Boris Johnson) terem feito o mesmo.
Na segunda-feira, a Casa Branca adiantou que existem planos para enviar uma autoridade com um alto cargo à Ucrânia, mas as opções deverão passar pelo secretário de Estado, Antony Blinken, ou o secretário de Defesa, Lloyd Austin.
21h50 - Rússia propõe cessar-fogo na central metalúrgica de Azovstal
O ministério da Defesa russo propôs no final desta terça-feira um cessar-fogo em torno da central metalúrgica de Azovstal, o local que se tornou no último reduto da resistência ucraniana em Mariupol, para permitir a rendição dos ucranianos na cidade. Segundo a agência Reuters, a proposta de cessar-fogo entra em efeito às 11h00 (14h00 em Moscovo) do dia 20 de abril.
Depois de tomar uma grande parte da cidade costeira, dizimada por um intenso cerco durante uma grande parte da invasão e a braços com uma grave crise humanitária, os russos concentraram os ataques na central de Azovstal, um grande complexo industrial que as tropas ucranianas usaram para dificultar os ataques dos russos.
No entanto, o batalhão de Azov - a força de extrema-direita que luta do lado da Ucrânia - adiantou ao final do dia que o complexo ficou quase completamente destruído devido aos bombardeamentos da Rússia.
Segundo a Reuters, nenhum oficial ucraniano comentou ainda a proposta.
21h26 - EUA afirmam que Rússia perdeu 25% do poder de combate
A avaliação das Forças Armadas norte-americanas sobre a nova ofensiva da Rússia na região ucraniana do Donbass é que começou de forma limitada, sobretudo numa zona a sudoeste da cidade de Donetsk e a sul de Izyum.
21h16 - Guerra abre competição de "blocos" entre democracias e China e Rússia
A guerra na Ucrânia vai implicar o regresso a um mundo de dois grandes blocos em "intensa competição", opondo as democracias à China e Rússia, num aparente processo de "desglobalização", considerou hoje o analista norte-americano Charles Kupchan.
20h58 - Boris alertou líderes para "necessidade crítica" de armar a Ucrânia
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, conversou esta terça-feira com os líderes dos Estados Unidos da América, Canadá, França, Alemanha, Polónia, Itália, Roménia e Japão, além da Comissão Europeia, Conselho Europeu e da aliança transatlântica NATO. Em cima da mesa esteve a “necessidade crítica” de fornecer armamento à Ucrânia devido à invasão russa.
20h22 - Ataques indiscriminados em Mariupol "indicam falhanço continuado" dos russos
A inteligência britânica, na sua atualização sobre a situação na Ucrânia, alertou esta tarde que os bombardeamentos e ataques aéreos russos no Donbass intensificaram-se, mas, diz o Reino Unido, os ucranianos "repeliram numerosas tentativas de avanço pelas forças russas".
Segundo o Ministério da Defesa britânico, os russos demonstram "inabilidade" em oprimir a resistência em Mariupol, com os invasores a intensificarem os "ataques indiscriminados" contra a população civil".
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 19 April 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) April 19, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/U0gwg8S3av
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/wfg5Koailk
19h17 - É necessário aproveitar "ímpeto" para "aprofundar solidariedade" da NATO
A ministra da Defesa Nacional defendeu hoje a necessidade de aproveitar o "ímpeto renovado" provocado pela guerra na Ucrânia para "aprofundar a solidariedade" na NATO, reafirmando que a Aliança é "o pilar" da defesa coletiva europeia.
19h53 - Kremlin anuncia aulas de história "patrióticas" a partir dos sete anos
O ministério da Educação da Rússia anunciou, esta terça-feira, que irá implementar aulas obrigatórias de educação "patriótica", de modo a doutrinar crianças a partir dos sete anos para o esforço de guerra russo na Ucrânia como uma ação de libertação.
19h41 - Putin "é responsável" por crimes de guerra, defende Olaf Scholz
O chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, "é responsável" por crimes de guerra na Ucrânia que fizeram milhares de mortos entre a população civil.
"A invasão russa da Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional", e a morte de milhares de civis constitui "crimes de guerra pelos quais o Presidente russo é responsável", sustentou Scholz numa conferência de imprensa em Berlim, após uma videoconferência com o Presidente norte-americano, Joe Biden, e vários dirigentes europeus, entre os quais os chefes de Estado francês, Emmanuel Macron, e polaco, Andrzej Duda, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
19h27 - Turquia diz que guerra deriva de inação do Ocidente na Síria
O Governo turco defendeu hoje que a indiferença do Ocidente perante as violações de direitos humanos na Síria lançou as bases para a atual guerra na Ucrânia causada pela invasão russa do país.
19h15 - Central de Azovstal "quase completamente destruída"
O Kyiv Independent avança, citando o batalhão de Azov (a forma de cariz de extrema-direita que luta do lado da Ucrânia no Donbass), que a central metalúrgica de Azovstal está "quase completamente destruída". A central é o último reduto das forças ucranianas em Mariupol, que resistem contra a invasão russa, e estarão abrigados em Azovstal mais de mil civis.
️Azov says Azovstal plant bombed, almost completely destroyed.
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) April 19, 2022
Mariupol City Council said more than 1,000 civilians are hiding in underground shelters of the city’s main metallurgical plant, where the last defenders are holding out against Russian forces.
18h52 - Rússia recrutou cerca de 20 mil mercenários para combater no Donbass
Rússia mobilizou cerca de 20 mil mercenários de países como a Síria e a Líbia, onde as tropas russas têm combatido nas últimas guerras na região, para combater na renovada ofensiva no Donbass, a leste na Ucrânia. Segundo o jornal britânico The Guardian, citando fontes militares europeias, estes mercenários do grupo Wagner foram recrutados para combater sem equipamento de proteção pesada ou veículos blindados.
18h34 - UE desenvolve Fundo de Solidariedade para reconstrução da Ucrânia
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou hoje que a União Europeia (UE) está já a desenvolver um Fundo de Solidariedade para "apoio imediato e reconstrução de uma Ucrânia democrática".
With @POTUS & likeminded partners further coordinated response to Russia’s aggression against #Ukraine
— Charles Michel (@eucopresident) April 19, 2022
Discussed need for further humanitarian, financial & military aid.
The EU will develop Ukraine Solidarity Fund for immediate support & reconstruction of a democratic Ukraine.
18h28 - Páscoa ortodoxa na Ucrânia sob bombardeamentos e com igrejas tapadas
O cristianismo ortodoxo é a religião predominante - tanto na Rússia quanto na Ucrânia - e inicia-se esta quinta-feira a Páscoa ortodoxa, mas na Ucrânia as celebrações serão com igrejas e suas obras protegidas.
São já 55 dias de guerra e viver sob bombardeamentos constantes tornou-se, para muitos ucranianos, normal. Ainda esta manhã de terça-feira, dia 18 de abril, após novos bombardeamentos, as pessoas reuniram-se nas igrejas da cidade para orar e honrar os soldados falecidos.
18h21 - Adesão à UE. Bruxelas promete avaliar "rapidamente" respostas de Kyiv
A Comissão Europeia garantiu hoje que irá avaliar, "o mais rapidamente possível", a resposta das autoridades ucranianas ao questionário para uma eventual adesão à União Europeia (UE), aguardando agora um segundo conjunto de explicações de Kyiv.
18h12 - Reino Unido promete aumentar apoio militar à Ucrânia
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou esta terça-feira no parlamento britânico que o Reino Unido comprometeu-se a redobrar o seu apoio militar à Ucrânia. Contando sobre a sua ida a Kyiv, Johnson disse que o apoio será especialmente sobre artilharia, pois, segundo Johnson, "este tornar-se-á num conflito de artilharia".
"A urgência é ainda maior. agora que Putin reagrupou as suas forças e lançou numa nova ofensiva no Donbass", explicou o primeiro-ministro.
UK Prime Minister Boris Johnson on Russia-Ukraine conflict:
— TRT World Now (@TRTWorldNow) April 19, 2022
- Our Ukrainian friends are fighting for life of their nation
- Britain will give more artillery weapons to Ukraine as conflict with Russia moves into a new phase pic.twitter.com/qa1NaYdzTj
17h48 - Canadá impõe sanções contra as filhas de Putin
O governo do Canadá revelou, terça-feira, que irá avançar com novas sanções contra indivíduos com ligações ao Kremlin devido à invasão russa da Ucrânia. Segundo a agência de notícias Reuters, as filhas do presidente russo, Vladimir Putin, estão entre os 14 indivíduos adicionados à lista de sanções do Canadá, que acredita que Katerina Tikhonova e Maria Vorontsova podem estar a esconder os bens do pai.
17h24 - República Checa vai reparar tanques ucranianos em mau estado
O ministério da Defesa da República Checa anunciou, esta terça-feira, que o país irá apoiar o esforço de guerra ucraniano através da reparação de tanques e veículos blindados que tenham sido danificados em combate ou que precisem de ser reparados depois de um longo período sem serem usados.
17h12 - AR vai tentar consensualizar textos de condenação da invasão russa
O parlamento vai criar um grupo de trabalho, liderado pelo deputado socialista Paulo Pisco, para agregar diferentes diplomas e criar uma posição conjunta de condenação da invasão da Ucrânia pela Rússia.
17h02 - "Resolver problemas" com Putin? Reação de Zelensky em 2019 torna-se viral
Um vídeo de um encontro, de 2019, entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu então homólogo norte-americano, Donald Trump, tornou-se viral mais de dois anos depois. Em causa está a reação do presidente ucraniano a um pedido de Trump: “resolver os problemas” com o presidente russo, Vladimir Putin.
16h57 - Renovação da confiança entre Ocidente e Rússia vai demorar "décadas"
A renovação da confiança entre os países ocidentais e a Rússia vai demorar "provavelmente décadas", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu. Membro da NATO e aliado da Ucrânia - país ao qual já entregou 'drones' (aeronaves não tripuladas) de combate -, a Turquia tem tentado facilitar, desde o início do conflito no território ucraniano, uma mediação entre Moscovo e Kyiv, e recusou-se a aplicar as sanções ocidentais contra a Rússia para poder manter também uma linha aberta com o Kremlin (Presidência russa).
16h50 - Kyiv anuncia libertação de 76 pessoas em nova troca de prisioneiros
Uma nova troca de prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia permitiu a libertação de 76 ucranianos, anunciou hoje Kyiv, sem revelar quantos russos foram entregues a Moscovo. A última troca aconteceu na sexta-feira, 15 de abril, após negociações "tensas" na região de Kherson, no sul da Ucrânia, parcialmente sob controlo russo, referiu Kyiv, sem dar pormenores.
16h45 - Cerco de Mariupol complica negociações de paz
O principal negociador ucraniano afirmou esta terça-feira que o cerco à cidade de Mariupol, que se encontra quase nas mãos das tropas russas, tem complicado os esforços da delegação ucraniana em atingir um acordo de paz e um cessar-fogo. À agência Reuters, Mykhailo Podolyak afirmou também que a atmosfera das negociações piorou depois da descoberta dos corpos de civis nas imediações de Kyiv-
16h20 - Guterres pede corredores humanitários na semana de Páscoa ortodoxa
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, não comentou as acusações do Kremlin sobre uma alegada falta de contacto, e apelou à paz, pelo menos durante a semana da Páscoa ortodoxa. Num discurso transcrito no Twitter, Guterres lamentou que a Páscoa este ano fosse celebrada "sob a nuvem de uma guerra que representa a total negação da mensagem pascal", e pediu que fossem criados corredores humanitários durante os quatro dias da semana santa ortodoxa, entre os dias 21 e 24 de abril.
Today I am calling for a 4-day Holy Week humanitarian pause beginning on Holy Thursday and running through Easter Sunday, April 24th to allow for the opening of a series of humanitarian
— UN Spokesperson (@UN_Spokesperson) April 19, 2022
corridors. pic.twitter.com/DcKP72YID1
16h10 - Hungria reitera: "Não apoiamos propostas de sanções energéticas"
A Hungria reiterou, esta terça-feira, que não irá apoiar quaisquer sanções ao petróleo e gás russos devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. Em conferência de imprensa, o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, assegurou que o país fará “tudo” para garantir o fornecimento de energia.
15h59 - Rússia expulsa diplomatas holandeses, belgas e austríacos
A Rússia anunciou, esta terça-feira, a expulsão de diplomatas holandeses, austríacos e belgas numa ação de retaliação. Num comunicado citado pela imprensa internacional, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo anunciou a expulsão de 15 diplomatas holandeses, 21 diplomatas belgas e quatro austríacos.
15h45 - Novas imagens mostram trincheiras em zona de exclusão em Chernobyl
As tropas russas abandonaram Chernobyl há quase três semanas e o paradeiro de muitos militares, que terão ido na direção da Bielorrússia depois de apresentarem sintomas de envenenamento por exposição à radiação, ainda é incerto.
No entanto, sabe-se que a central nuclear, que é palco do maior desastre nuclear de que há memória, não terá sido 'bem tratada' pelos militares do Kremlin durante a sua ocupação, que durou cerca de um mês.
15h20 - Pelo menos 37 morreram no naufrágio do Moskva, portal russo Meduza
Pelo menos 37 pessoas morreram no naufrágio do cruzador russo Moskva no Mar Negro, na semana passada, segundo o portal independente russo Meduza, que cita fontes não identificadas.
15h15 - Complexo de Azovstal tem muitos abrigos fortificados
O jornalista Illia Ponomarenko, do Kyiv Independent, ilustrou esta terça-feira as dificuldades dos russos em tomar o complexo industrial de Azovstal, considerada "a principal fortaleza" de Mariupol. Segundo o jornalista, o complexo "é um gigante e complicadíssimo labirinto de aço e betão, com muitos abrigos fortificados".
The final frontier.
— Illia Ponomarenko 🇺🇦 (@IAPonomarenko) April 19, 2022
The Mariupol garrison is now confined to the city’s main fortress, the Azovstal industrial complex.
It’s a giant and very complicated maze of steel and concrete, with lots of fortified underground shelters.
It will be very hard to get. pic.twitter.com/MiPpT3eWvZ
15h10 - Rússia acusa EUA e aliados de quererem guerra "até ao último ucraniano"
O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, acusou hoje os Estados Unidos e os seus aliados de estarem a fazer tudo para arrastar a guerra na Ucrânia "até ao último ucraniano". Shoigu reafirmou que a intervenção russa visa "libertar as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, mas disse que "os Estados Unidos, e os estados ocidentais que controla", estão a tentar que a operação "dure o máximo de tempo possível".
15h05 - Para recordar:
- A Rússia garante que o secretário-geral da ONU, António Guterres, não tentou contactar o presidente russo, Vladimir Putin, desde o início da guerra;
- O presidente espanhol Pedro Sánchez vai reunir nos próximos dias com o homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky em Kyiv;
- O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, disse, esta terça-feira, que a Rússia está a iniciar uma "nova etapa" da sua "operação militar especial";
- A procuradora-geral ucraniana Iryna Venediktova disse esta terça-feira que a Rússia terá cometido um total de 7.280 crimes de guerra na Ucrânia;
- Kyiv e Moscovo não conseguiram chegar a acordo para a organização de corredores humanitários para retirar civis esta terça-feira.
15h00 - Boa tarde. Retomamos o acompanhamento AO MINUTO da invasão russa da Ucrânia iniciado esta terça-feira. Pode recordar o registo anterior neste link.
Leia Também: AO MINUTO: Moscovo acusa Guterres de silêncio; "Nova etapa" da ofensiva
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* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com