O ministro para a Irlanda do Norte, Brandon Lewis, afirmou esta terça-feira que os dois militares britânicos capturados pelas tropas russas na Ucrânia “não deviam lá estar” e revelou que o Reino Unido não pretende mediar uma eventual troca pelo político ucraniano pró-russo Viktor Medvedchuk.
Os militares em causa são Shaun Pinner, de 48 anos, e Aiden Aslin, de 28, que ontem apareceram em dois vídeos distintos emitidos pela televisão estatal Rossiya 24, alegando que foram capturados em combate na Ucrânia e pedindo ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para negociar a sua libertação em troca de Medvedchuk.
Questionado pela Sky News sobre se seria possível uma troca entre os militares e o oligarca ucraniana, o ministro britânico esclareceu: “Estamos em processo de sancionar aqueles que estão próximos do regime de Putin, não vamos analisar formas que envolvam ajudar a Rússia.”
“Eles não deviam estar lá [na Ucrânia], é um ato ilegal estar lá”, acrescentou, referindo-se ao facto de o Ministério da Defesa britânico ter proibido os militares de viajarem para a Ucrânia sem autorização, no início do mês de março. “Obviamente, qualquer um teria simpatia por alguém que foi feito refém, mas temos de garantir que seguimos os processos adequados”.
Brandon Lewis apelou ainda a que nenhum cidadão viaje de “ilegalmente” para a Ucrânia. “Estamos sempre preocupados com a situação dos cidadãos britânicos e assumimos a responsabilidade, levamos isso a sério, temos de ser equilibrados na Ucrânia e é por isso que digo a todos que não viajem ilegalmente para aquele país”, frisou.
Assinala-se, esta terça-feira, o 55º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.072 civis morreram e 2.818 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito maior.
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