"Putin e Pashinian saudaram o processo de normalização das relações arménio-turcas iniciado graças à cooperação russa", disseram os líderes dos dois países num comunicado conjunto divulgado pelo Kremlin.
As partes concordaram em "intensificar a interação trilateral da Arménia, Rússia e Azerbaijão para promover a normalização das relações entre o Azerbaijão e a Arménia e em toda a região em geral".
Vladmir Putin e Nikol Pashinián concordaram em "acelerar a criação de uma comissão bilateral para delimitação e segurança na zona de fronteira arménio-azeri, com cooperação russa na forma de consultas a pedido das partes".
Além disso, também analisaram a importância de resolver "o mais rápido possível" os principais desafios humanitários e resolver o conflito de Nagorno-Karabakh através da diplomacia.
"Neste contexto, observaram a importância de usar o potencial e a experiência do Grupo de Minsk da OSCE [Organização para a Segurança e Cooperação na Europa], segundo o seu mandato internacional", lê-se no comunicado.
O chefe de Estado russo e líder do Governo arménio também enfatizaram "a contribuição do contingente de paz russo para garantir a segurança, criar condições favoráveis e seguras para a vida da população de Nagorno-Karabakh".
Pashinián pediu para "aumentar a eficácia" do contingente russo durante o seu encontro com Putin.
As relações entre Baku e Erevan têm-se deteriorado há mais de três década, quando ambos os países ainda pertenciam à União Soviética, devido às reivindicações territoriais na região de Nagorno-Karabakh, um território do Azerbaijão habitado principalmente por arménios.
Após duas guerras, a mais recente em 2020, o Azerbaijão e a Arménia concordaram com um cessar-fogo que foi mantido desde então por um contingente militar russo implantado em Nagorno-Karabakh para garantir o cumprimento.
O primeiro-ministro arménio convidou o Presidente da Rússia a visitar Erevan durante a próxima cimeira da Organização do Tratado de Segurança Coletiva prevista para 2022.
Leia Também: Moscovo pede a todos os militares ucranianos para que "deponham as armas"