Líderes ocidentais vão "reforçar sanções" e intensificar ajuda a Kyiv

Os líderes dos países ocidentais e aliados da Ucrânia comprometeram-se hoje em reforçar "ainda mais" as sanções contra a Rússia e intensificar a assistência financeira e de segurança a Kyiv, adiantou a presidente da Comissão Europeia.

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Lusa
19/04/2022 23:26 ‧ 19/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Ursula von der Leyen reagiu através da rede social Twitter após o encontro entre líderes mundiais, organizado pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

"Vamos reforçar ainda mais as nossas sanções contra a Rússia e aumentar a nossa assistência financeira e de segurança à Ucrânia", realçou a chefe do executivo comunitário.

Também o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, explicou que as potências do G7 coordenaram durante a reunião a resposta a Moscovo pelos ataques à Ucrânia e discutiram "a necessidade de mais ajuda humanitária, financeira e militar".

"A UE desenvolverá um Fundo de Solidariedade para a Ucrânia para dar apoio imediato e para a reconstrução de uma Ucrânia democrática", apontou o ex-primeiro-ministro belga.

Além de Von der Leyen e Michel, participaram na reunião convocada por Biden os primeiros-ministros do Reino Unido, Boris Johnson, do Canadá, Justin Trudeau, de Itália, Mario Draghi e do Japão, Fumio Kishida, e ainda os presidente de França, Emmanuel Macron, da Roménia, Klaus Iohannis, e da Polónia, Andrzej Duda, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

Já fontes do Eliseu (presidência francesa) revelaram que os líderes mundiais comprometeram-se a "apoiar a Ucrânia de todas as formas possíveis".

As garantias de segurança à Ucrânia "devem ser muito claras" e também "robustas" para que todo o acordo de paz que possa ser alcançado "seja credível", acrescentaram as mesmas fontes.

Uma hipótese levantada durante a reunião foi oferecer à Ucrânia um mecanismo de garantias territoriais, semelhantes aos tratados da União Europeia, muito diferente do sistema de segurança recíproca da NATO.

Quando a guerra terminar, as tropas russas terão que regressar aos pontos de partida, mas os líderes mundiais realçaram que vão continuar a não reconhecer a anexação russa da Crimeia ou a independência das repúblicas separatistas na região do Donbass.

"Não aceitaremos nenhum ganho territorial obtido pela força", enfatizaram as fontes do Eliseu.

Os líderes ocidentais também reconheceram a "necessidade" de convencer outros países de que esta crise não afeta apenas o Ocidente e que é "uma ameaça à paz e segurança internacionais", disseram as fontes.

O secretário-geral da Aliança Atlântica instou o Presidente russo, Vladimir Putin, a terminar "imediatamente" a guerra na Ucrânia, após também ter participado na reunião.

Jens Stoltenberg confirmou o compromisso dos líderes em impor "mais sanções a Moscovo e a manter o apoio a Kyiv".

Os líderes condenaram "o atual ataque da Rússia ao longo do leste da Ucrânia, incluindo bombardeamentos pesados que estão a causar um sofrimento humano ainda maior", salientou a NATO em comunicado.

Stoltenberg informou os membros da NATO sobre o trabalho de reforço da dissuasão e defesa da Aliança Atlântica, sublinhando que a organização fará "o que for necessário para proteger e defender todos os aliados".

E comunicou aos restantes aliados o trabalho desenvolvido pela NATO para fornecer à Ucrânia mais ajuda militar, económica e humanitária, sublinha ainda a nota de imprensa.

Leia Também: Ucrânia: ONU alerta para discriminação contra refugiados estrangeiros

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