O alerta foi dado por um alto funcionário de segurança nacional do Reino Unido ao conselho de ministros britânico, enquanto a Rússia intensifica a sua batalha pelo controlo da região leste do Donbass.
O porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson disse que a autoridade explicou aos ministros que o grande número de tropas russas "provavelmente não será decisivo por si só" contra a resistência ucraniana.
O alto funcionário indicou ao conselho de ministros que há sinais de que a Rússia não aprendeu as lições com os insucessos do passado no norte da Ucrânia, com evidências de militares comprometidos com a luta de forma "fragmentada" e alguns soldados e unidades a se recusarem a combater.
O porta-voz de Boris Johnson, Max Blain, referiu que o primeiro-ministro afirmou ao conselho de ministros que a posição da Ucrânia continua "perigosa", com o Presidente russo, Vladimir Putin, "irritado pelas derrotas, mas determinado a reivindicar algum tipo de vitória, independentemente do custo humano".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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