"Vivemos as últimas horas". Comandante suplica por "extração" em Mariupol

Serguiy Volyna apela aos líderes mundiais que os ajudem e refere que há mais de 500 feridos e centenas de civis na zona de Azovstal, em Mariupol, que está a ser atacada pelos russos.

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Marta Ferreira
20/04/2022 08:37 ‧ 20/04/2022 por Marta Ferreira

Mundo

Guerra na Ucrânia

Um comandante ucraniano da Brigada Marina 36, Serguiy Volyna, que se encontra na siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, lançou esta quarta-feira um apelo desesperado por ajuda assumindo que ele e os seus militares poderão estar a "viver os últimos dias, talvez horas". 

Num apelo em que identifica - na publicação feita no Facebook - líderes como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, o presidente do Reino Unido, Boris Johnson, e ainda o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o comandante ucraniano começa por dizer que aquele é o apelo dos militares para o mundo. 

"Estamos provavelmente a viver os nossos últimos dias, se não horas. O inimigo supera-nos em número de 10 para 1. Têm vantagem aérea, na artilharia, nas suas forças terrestres, em equipamento e tanques", começa por dizer Serguiy Volyna. 

"Nós só estamos a defender a siderúrgica de Azovstal onde, além dos militares, há também civis que se tornaram vítimas nesta guerra. Nós apelamos e suplicamos a todos os líderes mundiais que nos ajudem. Pedimos-lhes que usem o processo de 'extração' e levem-nos para um território neutro", pediu o soldado indicando que tem naquele lugar mais de 500 feridos e centenas de civis, incluindo mulheres e crianças. 

Na mesma declaração, Volyna pede que os levem para um lugar seguro, num território neutro. 

O vídeo - que pode ver na galeria acima - foi publicado durante esta madrugada numa altura em que a zona de Azovstal se encontra cercada pelas tropas russas. 

Recorde-se que a Rússia lançou hoje um novo ultimato para o último batalhão restante em Mariupol para que se rendessem. 

Leia Também: AO MINUTO: Rússia faz (novo) ultimato em Mariupol; Guerra "de atrito"

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