Mariupol. Ucrânia vai trocar prisioneiros russos por corredor humanitário

Em relação à proposta de acordo sobre as negociações de paz, que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alega ter enviado à Ucrânia, Zelensky revela que não tem conhecimento de tal documento.

Notícia

© Getty

Márcia Guímaro Rodrigues
20/04/2022 17:05 ‧ 20/04/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou esta quarta-feira que o país está preparado para libertar prisioneiros de guerra russos em troca da abertura de um corredor humanitário em Mariupol e negou que a Ucrânia tenha tenha recebido uma proposta de acordo sobre as negociações de paz por parte da Rússia.

Em conferência de imprensa com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, Zelensky frisou que a situação na cidade sitiada pelas tropas russas - onde ainda estarão cerca de 100 mil pessoas - piora à medida que a guerra avança, com a escassez de alimentos e cuidados médicos. Segundo o presidente ucraniano, há pelo menos mil civis, "mulheres e crianças", escondidos da siderúrgica de Azovstal, cercada pelo exército russo.

Em relação à proposta de acordo sobre as negociações de paz, que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alega ter enviado à Ucrânia, Zelensky revela que não tem conhecimento de tal documento. "Não recebemos nenhuma proposta negocial da Rússia. Num jogo de futebol há duas equipas e, aqui, o senhor Peskov parece estar a jogar sozinho", ironizou.

Sublinhe-se que, esta manhã, Peskov afirmou que o documento em causa resulta das conversações levadas a cabo entre ambas as partes e que a Rússia aguarda, agora, uma resposta.

"O documento que hoje apresentamos é o nosso projeto e inclui reformulações absolutamente claras e desenvolvidas. A bola está do lado deles [Ucrânia], estamos à espera de uma resposta", afirmou.

Assinala-se, esta quarta-feira, o 56º dia da invasão russa da Ucrânia. Pelo menos 2.072 civis morreram e 2.818 ficaram feridos, segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito maior.

Leia Também: AO MINUTO: Rússia entregou acordo à Ucrânia; "História não esquecerá"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas