O ministro da defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou esta quinta-feira o controlo da cidade portuária de Mariupol. A informação é avançada pela agência Interfax e pela Sky News que acrescenta que o presidente Vladimir Putin ordenou o bloqueio de Azovstal em vez de invadir a siderúrgica onde se encontra o último reduto da resistência ucraniana.
"Considero inapropriado o assalto proposto à zona industrial. Ordeno o cancelamento", disse o chefe de Estado dirigindo-se ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu, durante uma reunião governamental transmitida pela televisão pública russa Rossia 24.
O líder russo quer que o complexo industrial seja fortemente bloqueado para que nem mesmo "uma mosca" passe despercebida e garantiu a vida daqueles que deixarem as instalações. Putin terá ainda afirmando que estes serão tratados com respeito.
Na mesma transmissão, o presidente russo afirmou que as forças de Moscovo alcançaram com "êxito" o controlo da cidade portuária ucraniana.
"O trabalho final de libertar Mariupol é um sucesso", disse Vladimir Putin.
Refira-se que a siderúrgica de Azovstal era o último bastião de resistência dos ucranianos. O complexo industrial é o único fora do controlo russo e, nos seus túneis, encontram-se militares ucranianos e cerca de mil civis, entre eles mulheres e crianças.
Recorde-se que o comandante ucraniano Serguiy Volyna apelou ontem aos líderes mundiais que ativassem o processo de "extração" daquelas pessoas assumindo que as suas vidas podiam estar por dias, ou mesmo por horas.
A Rússia prepara a vitória para dia 9 de maio, uma data com simbolismo soviético visto que marca o feriado do Dia da Vitória que assinala a vitória da União Soviética frente à Alemanha nazi, em 1945.
Putin quer, por isso, assegurar que declara vitória nesse dia, custe o que custar.
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