"Esses pedidos chegam através do Ministério dos Negócios Estrangeiros. De momento, não há resposta", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.
Na terça-feira, Guterres enviou cartas aos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pedindo-lhes para ser recebido em visitas a Moscovo e a Kiev.
Nas cartas, o secretário-geral da ONU lembra que tanto a Rússia como a Ucrânia são membros fundadores da ONU e que "sempre deram um apoio sólido à organização", avisando que vivemos "em tempos de grande perigo".
Guterres diz ainda que gostaria de discutir "medidas urgentes para trazer a paz à Ucrânia".
Esta semana, o secretário-geral da ONU propôs à Rússia e à Ucrânia que declarassem uma "trégua de Páscoa" de quatro dias (referindo-se à Páscoa ortodoxa).
A Ucrânia apoiou a iniciativa de declarar uma "pausa humanitária" e assim ajudar a retirar civis das áreas mais afetadas pelos combates.
Contudo, as milícias pró-Rússia na região de Donbass duvidam da eficácia da medida e acusaram Kiev de quebrar tréguas anteriores, durante os oito anos de conflito na região.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cino milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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