Kyiv garante que Rússia é incapaz de tomar complexo Azovstal em Mariupol
O Governo ucraniano disse hoje que as forças russas são "fisicamente incapazes" de tomar o complexo siderúrgico Azovstal, na cidade sitiada de Mariupol, onde soldados ucranianos resistem e algumas centenas de civis estarão refugiados.
© ALEXANDER NEMENOV/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia
Oleksiy Arestovych, conselheiro do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, comentava assim o anúncio do ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, feito hoje de manhã, segundo o qual as forças armadas russas tinham tomado Mariupol, restando apenas uma bolsa de resistência no complexo Azovstal.
"Isso indica que os russos são fisicamente incapazes de tomar Azovstal. A dificuldade pode ser explicada pelo facto de que algumas das suas tropas terem sido enviadas para norte, para melhorar as posições da Rússia nessa região e alcançar o objetivo principal, que são as fronteiras administrativas da região de Donetsk e da região de Lugansk", disse Arestovych.
"As forças russas não serão capazes de completar esta missão e esta proclamação antecipada de vitória, sem esperar pela Páscoa [ortodoxa], mostra que os russos perceberam a futilidade da sua última operação nesta fase da guerra", acrescentou o conselheiro do gabinete de Zelensky.
Em relação a outros locais de confronto, o conselheiro presidencial ucraniano disse que "a direção dos principais esforços do inimigo permanece inalterada, de Izium para Sloviansk e Kramatork" e que a Rússia "não conseguiu avançar nem na região de Lugansk nem na direção de Huliaipole".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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