Biden nomeia ex-oficial do governo de Obama para coordenar apoio a Kyiv

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou um ex-membro do Conselho de Segurança Nacional durante o governo de Barack Obama, para coordenar os biliões de dólares em assistência militar que estão a ser atribuídos à Ucrânia.

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Lusa
22/04/2022 06:30 ‧ 22/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

O tenente-general do Exército norte-americano Terry Wolff, agora aposentado, ingressou recentemente na Casa Branca por decisão de Biden, mas a sua nomeação ainda não foi formalmente anunciada, revelou um funcionário da Casa Branca que falou sob a condição de anonimato à agência Associated Press (AP).

Como oficial do Exército norte-americano, Wolff serviu três vezes no Iraque e ocupou cargos de alta importância no Pentágono, no Estado-Maior Conjunto e Departamento de Estado.

Terry Wolff tinha sido escolhido pela administração de Barack Obama, em 2015, para servir como enviado-especial adjunto do Presidente dos Estados Unidos para a coligação global contra o Estado Islâmico.

Os Estados Unidos anunciaram esta quinta-feira a alocação de mais 800 milhões de dólares (738 milhões de euros) em assistência militar imediata à Ucrânia, que engloba armas e equipamentos do Departamento de Defesa norte-americano.

O Presidente dos EUA, Joe Biden, indicou que esta ajuda será enviada "diretamente para as linhas de frente da liberdade".

Os EUA e os seus aliados estão a agir "o mais rápido possível" para continuar a fornecer à Ucrânia "as armas de que as suas forças precisam", assegurou Joe Biden.

O Pentágono disse que esta nova parcela de ajuda à Ucrânia incluiu 72 obuseiros e respetivos veículos, 144.000 projéteis e 121 'drones' táticos Phoenix Ghost.

Esses novos tipos de 'drones' "foram desenvolvidos rapidamente pela Força Aérea dos EUA para atender a solicitações específicas da Ucrânia", disse um alto funcionário do Departamento de Defesa dos EUA.

O presidente dos EUA, Joe Biden, elogiou também esta quinta-feira as autoridades militares norte-americanas pelo trabalho "excecional" para armar a Ucrânia, numa reunião presencial na Casa Branca com elementos das Forças Armadas do país.

Ainda esta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram que vão fornecer mais 500 milhões de dólares (461 milhões de euros) em assistência financeira à Ucrânia para ajudar o país sitiado a sustentar salários, pensões e outros programas governamentais enquanto evita a invasão da Rússia.

"Planeamos enviar essa ajuda direta à Ucrânia o mais rápido possível, para ser usada nas necessidades mais urgentes", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen. "Sabemos que este é apenas o começo do que a Ucrânia precisará de reconstruir", acrescentou.

O novo financiamento soma-se aos outros 500 milhões de dólares em ajuda económica que Joe Biden divulgou em março.

Biden já aprovou mais de 2,6 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) de apoio à Ucrânia desde que a Rússia iniciou a invasão deste país, a 24 de fevereiro, numa ofensiva militar que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Imagens apontam para possível existência de mais de 200 valas em Mariupol

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