"A vida de todos os militares ucranianos, combatentes nacionalistas e mercenários estrangeiros será garantida, se depuserem as armas (...) Mas o regime de Kyiv não autoriza essa possibilidade", disse Putin, de acordo com um comunicado do Kremlin que resume uma conversa telefónica do líder russo com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Na quinta-feira, Putin ordenou o cerco do enorme complexo industrial de Azovstal, onde Moscovo diz estarem 2.000 soldados, mas pediu que a fábrica siderúrgica não fosse invadida para "preservar a vida" dos soldados russos.
Hoje, o Presidente russo considerou "irresponsáveis as declarações dos representantes da União Europeia sobre a necessidade de resolver a situação na Ucrânia por meios militares, bem como o facto de ignorarem muitos crimes de guerra por parte dos ucranianos".
Putin também acusou "os líderes da maioria dos países da União Europeia de tolerarem ações abertamente russofóbicas", numa referência à exclusão de personalidades russas de eventos culturais e desportivos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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