"Hoje estamos novamente a tentar retirar mulheres, crianças e idosos", escreveu a vice-primeira-ministra no Facebook, acrescentando que os civis começaram a reunir-se perto de um centro comercial na cidade.
Mais de 100 mil pessoas -- abaixo da população pré-guerra de cerca de 430 mil -- estarão presas na cidade costeira de Mariupol com pouca comida, água ou aquecimento, e mais de 20 mil civis foram mortos em quase dois meses, de acordo com as autoridades ucranianas.
Tentativas repetidas para retirar os civis da cidade falharam devido aos bombardeamentos russos contínuos.
A vice-primeira-ministra disse na sexta-feira que nenhum corredor humanitário para retirar civis seria aberto por ser muito perigoso e pediu às pessoas que "fosse pacientes" e "continuassem firmes".
Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, comemorou a "libertação de Mariupol" anunciada pelo seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e cancelou o ataque à fábrica metalúrgica para salvar a vida dos militares russos, mas ordenou circundá-la de tal forma que "nem uma mosca passe".
O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, disse no mesmo dia à noite que Mariupol continuava "a resistir, apesar de tudo o que dizem os ocupantes russos".
A Rússia iniciou a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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