A comissão multidisciplinar é liderada pela professora Artemisa Candé Monteiro, pró-reitora numa universidade brasileira, e integrada pelo antigo chefe da diplomacia guineense, João José "Huco" Monteiro e ainda pelos pesquisadores Carlos Cardoso, Rui Semedo, Julião Soares Sousa e João Paulo Pinto Có.
Após a tomada de posse e falando para os jornalistas, Artemisa Candé Monteiro explicou que o projeto, terá sede no Instituto de Estudos e Pesquisas (Inep) em Bissau, vai durar três anos (2022 e 2024), e que serão produzidos três volumes de livros com a história da luta armada pela independência do país.
"É um projeto que engloba todos os países africanos de língua oficial portuguesa com o objetivo de debruçar sobre o processo de luta de libertação nacional de uma forma muito mais aprimorada com várias fontes de pesquisa", observou a professora guineense, mas radicada no Brasil há mais de duas décadas.
Artemisa Candé Monteiro adiantou ainda que a comissão que lidera irá percorrer os locais históricos onde ocorreu a luta armada de forma direta e indireta para entrevistar pessoas e recolher material que possa ser utilizada nas pesquisas.
O mesmo exercício será desenvolvido em países como a Guiné-Conacri, Senegal e Portugal, enquanto territórios que serviram de bases para a luta armada dos guineenses. Nestes países a comissão irá entrevistar pessoas e consultar documentos ligados com a luta armada, precisou Candé Monteiro.
Os três volumes a serem criados poderão ser utilizados como referência curricular no sistema do ensino guineense bem como nos centros de pesquisas sobre a história do país, sublinhou Monteiro.
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