"Todas as tarifas sobre as mercadorias importadas da Ucrânia serão agora reduzidas a zero e todas as quotas serão removidas em virtude de um acordo de livre comércio, fornecendo apoio económico à Ucrânia", disse o governo britânico em comunicado.
A decisão do executivo de Boris Johnson surge após um pedido direto do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que pediu a liberalização das tarifas e o apoio à economia do país.
"A remoção de tarifas sobre as principais exportações da Ucrânia, como cevada, mel, tomate enlatado e aves, ajudará empresas e produtores ucranianos quando mais precisam", disse Zelensky.
O Reino Unido também anunciou a proibição de exportação para a Rússia de produtos e tecnologias considerados sensíveis, incluindo equipamento de interceção e vigilância de telecomunicações.
"Isso fechará qualquer brecha existente, para garantir que a Rússia não adquira esses produtos ao Reino Unido", refere o comunicado.
A Secretária para Comércio Internacional britânica, Anne-Marie Trevelyan, reuniu-se na semana passada em Londres com o embaixador ucraniano no Reino Unido, Vadim Pristaiko, para reiterar o apoio de Londres a Kiev.
"O Reino Unido continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para apoiar a luta da Ucrânia contra a invasão brutal e não provocada de Putin e ajudar a garantir a segurança e a prosperidade a longo prazo da Ucrânia e do seu povo", disse Trevelyan.
O governo britânico ampliou na semana passada a lista das sanções comerciais, proibindo a importação de prata, produtos de madeira e caviar da Rússia.
O Reino Unido aumentou ainda as taxas alfandegárias, em 35 pontos percentuais, sobre certos produtos da Rússia e da aliada Bielorrússia, particularmente diamantes e borracha.
Londres afirma ter imposto sanções a mais de 1.400 pessoas e empresas ligadas ao regime do Presidente russo Vladimir Putin, desde o início da guerra na Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,16 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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