Itália vai limitar ar condicionado para reduzir dependência da Rússia
As temperaturas serão controladas e quem não cumprir fica sujeito a multas- que vão dos 500 aos três mil euros.
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Mundo Rússia/Ucrânia
"Preferimos a paz ou o ar condicionado ligado todo o verão?", disse Mario Draghi logo após a invasão russa na Ucrânia.
A ideia ficou no ar, mas a decisão está mesmo tomada.
A partir do próximo mês a ideia é que os ares condicionados em Itália não baixem dos 25 graus celsius. No Inverno, o limite de aquecimento não pode ser superior a 21ºC.
As temperaturas serão assim controladas e quem não cumprir fica sujeito a multas- que vão dos 500 aos três mil euros. Ainda não há certezas sobre como a medida vai ser controlada.
O governo italiano chama-lhe 'Operação Termostato' e o objetivo é escapar a uma crise energética que está a atingir picos cada vez mais altos devido à Guerra na Ucrânia. A medida prolonga-se até março de 2023, revela a Reuters.
Segundo o jornal italiano Inter Napoli, os aparelhos de ar condicionado vão deixar de estar ligados nos escritórios e edifícios públicos - espaços onde o consumo anual de energia atinge os 57%. Para já, a medida não vai abranger hospitais, clínicas ou lares de idosos.
A alteração representa uma poupança de cerca de quatro mil milhões de metros cúbicos de gás em 2022, estima o governo italiano.
Em entrevista ao Corriere della Sera, Mario Draghi explicou que a Itália quer deixar de ser dependente do gás russo. “A dependência económica não pode tornar-se em submissão política. Diversificar é possível e pode ser implementada num curto espaço de tempo – mais rapidamente do que imaginávamos há apenas um mês”, concluiu.
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