Itália vai limitar ar condicionado para reduzir dependência da Rússia

As temperaturas serão controladas e quem não cumprir fica sujeito a multas- que vão dos 500 aos três mil euros.

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Notícias ao Minuto
26/04/2022 07:54 ‧ 26/04/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Rússia/Ucrânia

"Preferimos a paz ou o ar condicionado ligado todo o verão?", disse Mario Draghi logo após a invasão russa na Ucrânia.

A ideia ficou no ar, mas a decisão está mesmo tomada. 

A partir do próximo mês a ideia é que os ares condicionados em Itália não baixem dos 25 graus celsius. No Inverno, o limite de aquecimento não pode ser superior a 21ºC.

As temperaturas serão assim controladas e quem não cumprir fica sujeito a multas- que vão dos 500 aos três mil euros. Ainda não há certezas sobre como a medida vai ser controlada. 

O governo italiano chama-lhe 'Operação Termostato' e o objetivo é escapar a uma crise energética que está a atingir picos cada vez mais altos devido à Guerra na Ucrânia.  A medida prolonga-se até março de 2023, revela a Reuters.

Segundo o jornal italiano Inter Napoli, os aparelhos de ar condicionado vão deixar de estar ligados nos escritórios e edifícios públicos - espaços onde o consumo anual de energia atinge os 57%.  Para já, a medida não vai abranger hospitais, clínicas ou  lares de idosos.

A alteração representa uma poupança de cerca de quatro mil milhões de metros cúbicos de gás em 2022, estima o governo italiano.

Em entrevista ao Corriere della Sera, Mario Draghi explicou que a Itália quer deixar de ser dependente do gás russo. “A dependência económica não pode tornar-se em submissão política. Diversificar é possível e pode ser implementada num curto espaço de tempo – mais rapidamente do que imaginávamos há apenas um mês”, concluiu.

Leia Também: Secretário-geral da ONU visita Moscovo à procura de paz

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