"Temos uma guerra que nunca teria acontecido se eu fosse presidente"

Trump considerou que o “mundo ficará em pedaços” devido à gestão de Joe Biden, atual presidente dos EUA, e de outros líderes mundiais no conflito entre a Ucrânia e a Rússia. 

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Márcia Guímaro Rodrigues
26/04/2022 09:21 ‧ 26/04/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Donald Trump

Donald Trump afirmou, na segunda-feira, que a guerra na Ucrânia “nunca teria acontecido” se ainda fosse presidente dos Estados Unidos da América (EUA) - cargo que exerceu entre 2017 e 2021 - e revelou que ameaçou o presidente russo, Vladimir Putin, “como ele nunca foi ameaçado antes”.

Em entrevista ao programa ‘Piers Morgan Uncensored’, o republicano concordou com o apresentador britânico na opinião de que Putin é um “monstro genocida” e que a guerra na Europa é “terrível”.

Quando questionado sobre conversas que teve com o presidente russo enquanto estava na liderança dos EUA, Trump frisou que o ameaçou “como ele nunca foi ameaçado antes”. “Temos uma guerra que nunca teria acontecido se eu fosse presidente”, frisou.

“Vamos ficar envergonhados com o que fizemos ou que não fizemos para impedir esta catástrofe. Isto é uma catástrofe. De certa forma, isto já é uma guerra mundial”, acrescentou.

O milionário considerou ainda que o “mundo ficará em pedaços” devido à gestão de Joe Biden, atual presidente dos EUA, e de outros líderes mundiais no conflito entre a Ucrânia e a Rússia. 

“Há um monte de gente estúpida a liderar”, disse Trump, que acrescentou que se os líderes mundiais “não forem inteligentes, podemos acabar numa guerra nuclear”.

“Isto é o começo. Tenho sido o melhor preditor de coisas de todos os tempos. Não precisa de acontecer. Acho que estão a lidar com ele [Putin] de forma incorreta. É como se estivessem com medo, só temos uma arma que pode destruir tudo”, considerou.

Já questionado sobre como “lidaria” com Putin se ainda fosse presidente, Trump respondeu: “Diria-lhe que ‘temos muito mais [armas nucleares] do que tu, somos muito mais poderosos do que tu e tu não podes usar essa palavra nunca mais. Não podes usar a palavra nuclear muito mais. E se fizeres isso, teremos problemas.’”

Trump criticou Putin por usar a “palavra com N”, referindo-se às armas nucleares e não ao insulto racista. “Chamo a isso a ‘palavra com N’. Ele usa a ‘palavra com N’, a palavra nuclear, o tempo todo. Isso é um não. Não deveria fazer isso”, explicou. 

Sobre ter referido, um dia antes da invasão da russa na Ucrânia, que o movimento militar de Vladimir Putin era de “génio”, Trump esclarece agora que mudou a sua opinião quando o presidente russo invadiu o país vizinho.

“Quando ele reuniu os soldados na fronteira, eu disse que era uma jogada muito inteligente e brilhante, porque pensei que ele estava a negociar. Quando ele entrou [na Ucrânia], disse que já não era um movimento brilhante”, afirmou.

Ao 62.º dia da invasão russa da Ucrânia, pelo menos dois mil civis morreram, segundo dados apurados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

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